Universia

quarta-feira, fevereiro 28, 2007


Livro ilustrado pelo biólogo Fernando Correia, da Pampilhosa

"Câmara da Mealhada deve apoiar edições de munícipes", diz Carlos Cabral

Na tarde de sexta-feira, dia 23, decorreu, na Biblioteca Municipal da Mealhada, a apresentação do livro "Atuns, bonitos e cavalas dos Açores - nómadas atlânticos", dos biólogos e ilustradores Fernando Correia e Nuno Farinha.
Nesta apresentação estiveram presentes, para além dos autores, Isabel Abrantes, professora da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra, Carlos Cabral, presidente da Câmara Municipal da Mealhada e João Azevedo, editor da obra.
Carlos Cabral disse: "O livro tem o brasão da Câmara Municipal da Mealhada porque Fernando Correia é do concelho e tem toda a lógica que o ajudemos com o lançamento desta obra. A Câmara da Mealhada deve apoiar edições de munícipes".
"O livro tem duzentas e oito páginas, cerca de duzentas imagens a cor e aborda a temática dos escombrídeos dos Açores. O livro está escrito com uma linguagem acessível e simples. Congratulo os seus autores por isto", afirmou Isabel Abrantes.
Fernando Correia falou sobre a importância do estudo científico destes animais e declarou: "Agradeço o contributo da Câmara Municipal nesta obra e por nos acolher no seio desta biblioteca, que é o local onde moram os livros. Agradeço ao editor João Azevedo que tem apostado muito nas obras relacionadas com esta área".
O livro tem um prólogo do presidente do Instituto do Mar, Ricardo Serrão, e um epílogo do docente da Universidadae dos Açores, João P. Barreiros. A edição da obra foi apoiada não só pela Cãmara Municipal da Mealhada mas também pela Universidadae de Aveiro, pela Universidade dos Açores e pela Secretaria Regional do Ambiente e do Mar.

Mónica Sofia Lopes
(in Jornal da Mealhada, 28 de Fevereiro de 2007)





















Concurso de escolas de samba do Carnaval Luso-Brasileiro da Bairrada

Entrega de prémios

Continuidade do concurso está nas mãos das escolas de samba

Decorreu na noite de 24 de Fevereiro, no Bar Esplanada Jardim, na Mealhada, a entrega dos prémios do segundo concurso de escolas de samba do Carnaval Luso-Brasileiro da Bairrada, promovido pelo Jornal da Mealhada no domingo de Carnaval. Em ambiente animado, e com grande euforia, os foliões acorreram para ir buscar o troféu, e cultivar saudáveis rivalidades... se os elementos dos Sócios da Mangueira envergavam t-shirts com as cores da escola e a inscrição "bicampeões", nas costas de alguns ritmistas do Batuque, segunda classificada, mas com mais pontuada bateria, podia ler-se "baqueta de ouro".
João Peres, presidente da assembleia-geral da Associação de Carnaval da Bairrada fez questão de participar na cerimónia e afirmou: "A realização deste concurso é muito importante para o Carnaval da Mealhada. Na minha opinião, devia até ser uma responsabilidade assumida pela Associação de Carnaval da Bairrada. Este ano tivemos um grande Carnaval e isso também se deve ao facto de existir concurso. Se há escolas que não querem concurso, não devem desfilar. Há escolas melhores, como há clubes melhores e é impensável alguém sugerir que se faça um campeonato de futebol profissional só com o Benfica, o Porto e o Sporting".
João Peres, que é também o presidente do Crédito Agrícola da Mealhada, principal patrocinador do concurso, disse ainda: "O Crédito Agrícola apoia este concurso com grande empenho. Apoio esse que se vai estender às escolas de samba. Proximamente, apresentaremos um conjunto de vantagens especiais para todas as pessoas que, fazendo parte de escolas de samba, precisem de serviços bancários como o crédito à habitação, por exemplo".
Tony Melado, presidente do GRES Real Imperatriz, terceira classificada, recebeu das mãos de Sara Guedes, o prémio imobiliária Soluções Ideais, no valor de duzentos euros, e o troféu com o logótipo criado pelo arquitecto Sérgio Semedo.
Rogério Andrade, proprietário do Bar Esplanada-Jardim, entregou ao presidente do GRES Batuque, Ricardo Ferreira, o prémio de trezentos euros e o troféu correspondente ao segundo lugar. O presidente da direcção do Batuque saudou todas as escolas que participaram no Carnaval Luso-Brasileiro da Bairrada e dedicou o prémio "a todos os que contribuíram para que fosse possível ganhá-lo".
Ao som de cânticos e de sonoro coro de "bicampeões" foi entregue o troféu e o prémio Crédito Agrícola, no valor de quatrocentos euros, pela mão de Nuno Veiga e Henrique Salvador, membro da comissão administrativa do Grupo de Samba Sócios da Mangueira. Henrique Salvador dirigiu as primeiras palavras à sua escola, aplaudiu o trabalho de todas as outras e acabou por salientar a importância do concurso de escolas de samba promovido pelo Jornal da Mealhada. "O concurso é muito importante para o futuro do Carnaval e para a melhoria da sua qualidadae. O Jornal da Mealhada está de parabéns por ter tido a coragem de organizar este concurso e de o levar até ao fim", afirmou Henrique Salvador.
Nuno Castela Canilho, director do Jornal da Mealhada, felicitou todas as escolas de samba pela sua prestação, "no desfile que muitos consideram ter sido o melhor de todos os tempos", agradeceu a todas as instituições e pessoas que apoiaram o concurso, à comissão técnica, aos jurados que aceitaram o desafio. Afirmou: "O coincurso está experimentado e resulta. É importante, promove a qualidade, e traz benefícios para todos. Está na hora de o devolver às escolas e à Associação de Carnaval. Não é possível fazê-lo à revelia das escolas de samba, ou seja, neste momento a continuidade deste projecto está exclusivamente nas mãos das escolas de samba. Se quiserem, para o ano há concurso, se não quiserem não há!". "Terminou o Carnaval de 2007, tratem de começar amanhã a preparar o Carnaval de todos os tempos: o de 2008", concluiu Nuno Castela Canilho.

Ao centro, no uso da palavra, Henrique Salvador do Grupo de Samba Sócios da Mangueira

João Peres, presidente da assembleia geral da ACB, à direita

Rogério Andrade e Ricardo Ferreira, do GRES Batuque

Tony Melado, presidente da direcção do GRES Real Imperatriz
Mónica Sofia Lopes (fotografias)
Nuno Castela Canilho (texto) - director do Jornal da Mealhada
in Jornal da Mealhada, 28 de Fevereiro de 2007

sexta-feira, fevereiro 23, 2007

REUNIÃO DA ASSEMBLEIA MUNICIPAL

Rampas granjeiam críticas... e elogios

"Há pessoas do concelho que vêm à junta de freguesia pedir mais rampas. No Cardal, na Rua do Desportivo e na Rua das Padeiras, por exemplo", disse José Felgueiras, presidente da Junta de Freguesia da Mealhada na reunião da Assembleia Municipal que decorreu na sexta-feira, 16 de Fevereiro. Manuel Cardoso, presidente da Junta de Freguesia de Casal Combra afirmou, também, sobre este assunto: "Na minha freguesia estão pedidas, e são necessárias, duas rampas para o Carqueijo e duas para Mala".
"É criminoso e um exagero ter de transitar a vinte ou trinta quilómetros por hora, para não danificar os veículos, nas rampas que a Câmara mandou construir. Devia haver mais sinalização vertical", considerou Mano Soares, da bancada municipal do PSD.
Na reunião, os membros da Assembleia Municipal aprovaram votos de pesar pelo falecimento do padre Abílio Duarte Simões, pároco na Mealhada e da Vacariça, e de Vera Melo, antiga presidente da Junta de Freguesia da Vacariça.
A falta de ecopontos na freguesia do Luso foi outro dos assusntos tratados, levantado por Carlos Rodrigues, do PS. Carlos Cabral, presidente da Câmara Municipal da Mealhada, esclareceu: "Há algum êxito nessa matéria mas vamos tentar colocar mais contentores e fazer com que as pessoas adiram. Estamos também a trabalhar junto das escolas porque já percebemos que são os jovens que conseguem incentivar os adultos para a prática da reciclagem".
Os projectos de recuperação da Mata do Buçaco, a necessidade de um espaço Internet no Luso, o Conselho Municipal de Juventude, os problemas provocados pelo ruído de um estabelecimento nocturno na Pampilhosa, as obras na antiga delegação escolar e a recuperação das instalações da antiga carpintaria da Câmara, na Mealhada, foram assuntos tratados na reunião.
A Assembleia Municipal aprovou, por unanimidade, a taxa municipal sobre os certificados de registo de cidadãos da União Europeia. A emissão desses certificados, na Mealhada, evita que os imigrantes tenham de se deslocar as Lisboa para os obter. O respectivo serviço entrará em funcionamento em Março.

Mónica Sofia Lopes
(in Jornal da Mealhada, 21 de Fevereiro de 2007)


Mealhada
Encontro de ex-combatentes na Guiné

Na sexta-feira, dia 16, realizou-se um jantar no restaurante "O Vaz", na Mealhada, em que participaram antigos militares do concelho da Mealhada que prestaram serviço na Guiné durante a Guerra do Ultramar.
Um desses militares, Aurélio Duarte, residente na Vacariça, explicou: "Está aqui representado neste jantar um elemento de cada freguesia. Futuramente, queremos alargar este encontro porque no concelho aproximamo-nos de trezentos os indivíduos que combateram na Guiné". José Maria Serra, residente na Mealhada, acrescentou: "Futuramente, podemos arranjar um almoço anual, aberto à participação de familiares destes ex-combatentes, e visitar monumentos que existem espalhados pelo concelho em homenagem a estes homens. Vamos tentar que cada freguesia se responsabilize por organizar este encontro, uma vez por ano".
Os responsáveis na freguesia da Mealhada são José Maria Serra e Manuel Duarte. Da Antes, é José Neves, de Casal Comba, José Sousa Ferreira, e da Vacariça é Aurélio Duarte.

Mónica Sofia Lopes
(in Jornal da Mealhada, 21 Fevereiro de 2007)
















À conversa com... Ricardo Pereira

"Para um Carnaval que tem tido reis brasileiros, nada melhor que convidar um actor português com passado artístico ligado ao Brasil"

Ricardo Pereira foi o rei do Carnaval Luso-Brasileiro da Bairrada. O actor, nascido a 14 de Setembro de 1979, cresceu entre Lisboa, Sesimbra e a Ericeira. Aos dezasseis anos começou a trabalhar como manequim, passando por cidades como Milão, Paris, Barcelona e Madrid, e participou em mais de oitenta anúncios de várias marcas. No ano de 2000 teve a primeira experiência em televisão na série "Bairro da Fonte". A partir daqui, tomou parte em várias novelas, portuguesas e brasileiras. No Brasil fez parte do elenco de "Prova de Amor", onde foi o protagonista, e de "Pé na Jaca", da TV Globo. Foi também actor no filme "Sonhos e desejos".
João Santos, da RCPfm, e Nuno Castela Canilho, do Jornal da Mealhada, falaram com Ricardo Pereira, em 17 de Fevereiro, no Palace Hotel do Buçaco, onde ficou hospedado.

Qual é a sensação de ser rei do Carnaval Luso-Brasileiro da Bairrada?
Em primeiro lugar, fiquei muito surpreendido com o convite, devido ao costume, publicamente conhecido, de, na Mealhada, ser brasileiro o rei do Carnaval. Naturalmente, não me posso dissociar da ideia de ter trabalhado no Brasil. Mas, para um Carnaval que tem tido reis brasileiros, nada melhor que convidar um actor português com um passado artístico ligado ao Brasil.

Já conhecia o Carnaval da Mealhada?
Conhecia, por notícias na televisão. Por aquilo que ouço falar, pode dizer-se que é o Carnaval mais brasileiro de Portugal. Pode dizer-se também que é o Carnaval com mais estrutura, no nosso país, e que capta mais pessoas. Afirmo isto porque tenho vários amigos na Mealhada e, noutras situações, já vim aqui ver peças de teatro, participar em ralis paper e em degustações de vinho. Nessas alturas já me diziam como era esta festa, que é a principal da Mealhada, ou uma das principais. Foi um convite especial, o que me dirigiram.

Em relação ao rei existe uma expectativa muito grande da parte das pessoas do concelho da Mealhada e desta região. Sente uma grande responsabilidade por ser o centro das atenções de milhares de pessoas?
Espero que, este ano, o Carnaval tenha o sucesso que teve em anos anteriores. A expectativa inerente ao rei é normal porque, no fundo, ele simboliza o Carnaval. Espero que as pessoas olhem para um rei português como olham para outras figuras portuguesas e espero também fazer um trabalho tão bom como o dos reis anteriores, ou melhor.

Como é que o Ricardo, entre tantos actores portugueses, descobriu o Brasil? Ou foi descoberto pelo Brasil?
Eu fui descoberto pelo Brasil. Eu descobri o Brasil em férias, mas fui descoberto, como outros actores o foram, dentro da necessidade que os brasileiros têm de estreitar a ligação entre o Brasil e Portugal.
Os agentes artísticos brasileiros, de vem em quando, fazem castings e sondam alguns artistas portugueses para trabalhar no Brasil, e eu fui um desses.

Vai entrar na novela "Floribela", em breve. Como se sente por ir ser protagonista duma novela com tanto sucesso em Portugal?
Eu vou entrar numa novela que já está a meio, o que se torna complicado. Mas a minha expectativa é que continue a ser um projecto de sucesso e que eu, nesta experiência, consiga evoluir enquanto actor. Espero que seja preponderante para que a novela tenha mais audiência.

Na novela "Pé na Jaca" faz o papel de um personagem francês. É também uma versatilidade que quer experimentar?
Não se pode ser actor sem a capacidade de ser versátil. Um actor rígido, um actor imutável, é um actor que, em pouco tempo, desaparecerá. Um actor assim criará um estereótipo de personagem que permanecerá com ele, para a vida toda. Pela minh parte, tento sempre seguir à risca aquilo que me propõem e, para isso, tenho de criar diferentes personagens, em diferentes momentos e de diferentes alturas.

Ricardo pereira é modelo, actor de cinema e de novelas, faz teatro. Neste momento, há algum projecto por realizar?
Falta sempre alguma coisa. Considero que estão errados todos aqueles que acham que têm tudo. Tenho 27 anos e uma vida à minha frente. Por isso, falta-me fazer muita coisa.

Para além do mercado espanhol, onde já anunciou querer trabalhar, até onde acredita poder chegar?
O mercado espanhol é o meu ponto de apoio para chegar ao mercado mundial. Enquanto modelo viajei por diversos países e enquanto actor também. Humildemente, tenho que me cinjir ao meu país.

O Ricardo foi para Itália muito cedo, com o projecto de ser modelo. Vai de encontro à sua personalidade arriscar?
Não existem impossíveis, existem possíveis dolorosos. Portanto, há que lutar para atingir determinados lugares na vida. E isto acontece, mesmo em Portugal, pois não é fácil chegar ao topo. Não me assusta qualquer novo desafio que possa aparecer. Tem é que ser ponderado e perceber se vale a pena o sacrifício, ou não vale.

Ganhou notoriedade com o seu trabalho. Sente-se um sex-simbol?
Sou muito simples e não penso em nada da minha constituição física. Não sou pessoa de me olhar muito ao espelho, não sou pessoa de me preocupar se estou ou não despenteado. Claro que tenho noção de que estou inserido numa sociedade, e sei aquilo que devo vestir em determinadas ocasiões. Mas sei que os papéis que tenho desempenhado podem levar a esse título de galã, de sex-simbol.
Ser um sex-simbol ou um galã tem a ver com um conjunto de características que eu não sei muito bem quais são. E também não sou eu que me vou catalogar.

Já teve situações caricatas? Já foi abordado na rua em situações desagradáveis?
Agradáveis e desagradáveis. De histeria ou de discussão e de não concordarem, porque há pessoas que vivem, intensamente, as personagens. Entram mesmo dentro da novela. Mas ainda bem, porque é sinal de que estão a gostar do papel do actor. Nós trabalhamos para que as pessoas sintam agrado nisso.

Já disse que gostava de acabar a sua licenciatura em Psicologia. É uma base importante para o seu futuro profissional?
Não. Para o meu íntimo, sim, é essencial. Não faz sentido não terminar porque estou no último ano. O curso está parado há três anos e tenho mesmo que terminar. Mas isso tem mais a ver com uma vitória pessoal. Nunca irei exercer a profissão de psicólogo, mas faço melhor, exerço no dia-à-dia.

Há muito de Psicologia numa carreira de actor?
A Psicologia tem um objecto de estudo que é o comportamento humano e, mais do que na carreira de actor, está a nossa carreira de vida lidar com ela. O ser humano é a coisa mais estranha e difícil mas também a mais fascinante. A psicologia serve realmente para tudo.

Estamos no Palace Hotel do Buçaco, onde está hospedado nestes dias de Carnaval. Que imagem leva da Mealhada?
É uma imagem muito positiva. O nosso país faz muitas festas, se calhar festas a mais. Nós devemos fazer festa se tivermos noção de que, quando não estamos em festa, temos de ser produtivos. A festa, seja de que ordem for, é sempre benéfica para o ser humano. Devemor rir, sorrir e brincar, ao longo da vida toda, mas devemos também ter noção de que, quando estamos a trabalhar, é preciso que sejamos responsáveis para produzir o dobro. Levo uma imagem muito positiva da Mealhada. O acolhimento das pessoas é extraordinário, expressam simpatia, mostram alegria. Gostaria de repetir a experiência de ser rei de um Carnaval.

É fã do samba?
Já dancei muito samba... mal, mal, tão mal! Dancei muito no Brasil, já brinquei um bocadinho aqui, em Portugal. Portanto, posso dizer que sou muito fã do samba, sem dúvida.

Mónica Sofia Lopes
(in Jornal da Mealhada, 21 de Fevereiro de 2007)




CARNAVAL 2007

Sernadelo

Quinta dos Três Pinheiros

Na quinta-feira, dia 15, a discoteca Três Pinheiros, em Sernadelo, proporcionou um dia de Carnaval aos alunos de escolas do 1º ciclo e aos idosos de algumas intituições da zona centro.
Pela manhã reuniram-se as crianças do jardim de infância e da escola do 1º ciclo da Antes, ao cuidado das professoras Alda Cunha, Emília Pinho e Conceição Pires e da auxiliar Anabela Martins, as do jardim de infância e da escola do 1º ciclo de Ventosa do Bairro, ao cuidado das professoras Adélia Rodrigues e Ana Ribeiro e da educadora Anabela Santos, as do jardim de infância, e da escola do 1º ciclo e do Centro Recreativo da Poutena, ao cuidado das professoras Júlia Ribeiro, Emília Assunção e Dulce Semedo e da educadora Conceição Serôdio, e, por último, as crianças do jardim de infância de Casal Comba, ao cuidado da professora Elisa Melo e da auxiliar de acção educativa Lurdes Gonçalves.


À tarde reuniram-se idosos de instituições da zona centro. Foi uma iniciativa do Centro Social de Avelãs de Caminho, do Centro Cultural e Recreativo da Poutena e do Centro social e Cultural Nossa Senhora do Ó, de Aguim. Para além dos idosos destas três instituições estiveram presentes os da Associação Desportiva Cultural e Recreativa de Antes, da Casa do Povo da Freguesia da Vacariça, da Casa do Povo de Amorreira da Gândara, do Centro Social, Cultural e Recreativo de Avelãs de Cima, da Santa Casa da Misericórdia de Albergaria-a-Velha, do Centro Paroquial de Solidariedade Social de Ventosa do Bairro, do Centro Social, Cultural e Recreativo de Paredes do Bairro, da Santa Casa da Misericórdia de Anadia, da Liga dos Amigos de Aguada de Cima, da Santa Casa da Misericórdia de Sangalhos, do Centro Social e Recreativo da Pedralva, do Paraíso Social de Aguada de Baixo e do Centro Social Santo André.
Vera Neto, assistente social no Centro Recreativo da Poutena e uma das organizadoras, declarou: "Com esta iniciativa pretende-se que os mais idosos possam recordar algumas épocas com entusiasmo, como esta do Carnaval". Ana Neves, assistente social no Centro de Avelãs de Caminho, acrescentou: "A iniciativa parte de algumas instituições, mas também tivemos a ajuda de empresas comerciais que contactam connosco".

Mónica Sofia Lopes
(in Jornal da Mealhada, 21 de Fevereiro de 2007)

Suplemento de Carnaval

Carnaval da Mealhada

O mais brasileiro de Portugal

Na terra do pão, do vinho e do leitão, é durante os dias de Carnaval que a folia mais ordena. O Jornal da Mealhada acompanha os foliões nas horas em que tudo se permite e tudo pode acontecer.
Divirta-se. Porque, na Mealhada, enquanto há vida, há samba!

O Jornal da Mealhada acompanha os seus leitores nos grandes momentos. Para isso apresentamos este suplemento, que permite uma melhor compreensão do trabalho que as escolas de samba preparam, ao longo de um ano, e que mostrarão no sambódromo Luís Marques nos próximos dias 18 e 20 de Fevereiro.
Centenas de figurantes desfilam, nesses dias, integrando seis escolas de samba. Às mais antigas, Sócios da Mangueira, Batuque, Juventude de Paquetá e Real Imperatriz, juntam-se as escolas mais recentes, Samba no Pé, da freguesia de Sepins, e Amigos da Tijuca, de Enxofães, ambas do concelho de Cantanhede.
Desde sempre os mealhadenses gostaram de brincar ao Carnaval. Documentadas estão as festas de 1908, 1910, 1914, 1958 e 1959. Estas duas últimas serviram para angariar fundos para o Grupo Desportivo da Mealhada e mostraram os dotes de dois dos maiores foliões mealhadenses, António Oliveira, "o Macaca", e Alice Silva, "Caldeireira". Em 1971 os festejos regressam com o primeiro Carnaval Luso-brasileiro da Bairrada, mas não se realizaram nos anos de 1976 e 1977. Volta haver Carnaval em 1978, continuando Luso-brasileiro. Desde então, com o artista Jaime Barcelos, o dr. Ezequiel na televonela "Gabriela", a iniciar a dinastia, foram sempre actores brasileiros os monarcas do Carnaval bairradino.
Este ano o Carnaval Luso-Brasileiro é uma excepção e faz uma estreia. Tem como rei um actor português, mas também um pouco brasileiro, pela participação que vem fazendo telenovelas do país irmão. É Ricardo Pereira, Thierry na telenovela "Pé na Jaca", emitida pela SIC. Cristiana Roque, a miss Bairrada de 2006, é, por sua vez, a rainha do Carnaval mais brasileiro de Portugal. Óscar Magrini é, pela sétima vez, o padrinho dos festejos.

Mónica Sofia Lopes
(in Suplemento de Carnaval do JM, Fevereiro 2007)

quinta-feira, fevereiro 22, 2007


GRES
Amigos da Tijuca

Pedro Miguel Mamede
(Presidente da escola)
Tiago Alves Mamede
(Mestre da bateria)
Lúcia Santos
(Madrinha da bateria)
Ricardo Carriço
(Puxador da bateria)
Adérito Osvaldo e Manuela Semedo
(Mestre-sala e porta-bandeira)

Educação no trânsito...
Pega carona com a Tijuca, em segurança

O trânsito não inclui apenas os motoristas, mas também os peões, os motociclistas, os ciclistas, etc. A segurança é responsabilidade de cada um, independentemente das acções dos outros ou das más condições de tráfego ou direcção.
A nossa postura no trânsito deve ser sempre pacífica. É função de todos prevenir acidentes e, em vez de arranjar desculpas depois, procurar evitá-los. É importante conhecer as leis e os sinais de trânsito, pois são os meios pelos quais nos orientamos para chegar onde queremos com rapidez e segurança.

Componentes

Comissão de frente
Quatro diabos e um anjo simbolizam os perigos em torno dos condutores que circulam nas estradas portuguesas.

Baianas
Demonstram a importância dos sinais de trânsito

Ala da frente
Representam motociclistas velozes que parecem voar entre os automóveis.

Mestre-sala e porta-bandeira
Serão os mensageiros dos deuses, representando, desta forma, aqueles que chegam com rapidez e segurança ao seu destino.

Passistas
Simbolizam os semáforos (um dos sinais de trânsito com mais importância, nos dias de hoje) e, ao mesmo tempo, mostram o caos que existe no trânsito.

Bateria
Representam os vigilantes do trânsito

Mirins
Representam a importância da "educação no trânsito" entre os mais jovens.

Letra
A escola na avenida 'tá pronta
E você faz de conta
E a gente cantando assim
Vem viajar com a Tijuca
É só dizer perlimpimpim

Vem, é sua vez
Guiar um carro de verdade é responsabilizar
Vem, é sua vez
Pede carona à Tijuca, se prepare p'ra rolar
Colocando o cinto, respeitando a vida
Pisa no breque, é hora de mudar
Seja consciente, a vida é um presente
Não oiça a sirene tocar
Brilha um novo dia, com alegria
Vai no carro guiado por um bom condutor
E a Tijuca dá o alerta geral
Que um descuido pode ser fatal
Como um grande corredor

Foi para a pista, malabarista
Concentração, que grande artista
Lá na Itália, o erro foi de quem
O nosso Aryton Sena
Dirigia tão bem...

...E hoje
Hoje... dia de festa
Eu mostro o que resta, para a comunidade geral
Na Escola o que resta, p'ra comunidade geral
Na Escola aprender é uma arte
Caminho real educação, viação
Civismo não tem fronteiras
Abrindo as portagens p'ra imaginação
Fantasia é placa de trânsito
O som do motor é tambor
Numa delirante união.

Mónica Sofia Lopes
(in Suplemento de Carnaval do JM, Fevereiro 2007)


GRES
Batuque

Ricardo Ferreira
(Presidente da escola e director da bateria)
Joana Campos e Júlio Pinho
(Carnavalescos)
António Cruz e Catarina Gradim
(Mestre-sala e porta-bandeira)
Margarida Ferreira
(Coreógrafa)
Paula Gradim
(Madrinha da bateria)

Viagem ao fantástico mundo da sétima arte

O cinema consegue transportar-nos para uma outra dimensão, para um mundo de fantasia, onde podemos ser os heróis, sentir as emoções, derrotar os maus e ser felizes para sempre. Um mundo onde, por mais adversidades que haja, o bem triunfará, sempre, sobre o mal. O amor vencerá o ódio e a destruição. É este mundo fantástico da tela que pretendemos mostrar...

Componentes

Comissão de frente
"O triunfo do bem"
Ala mirim
"No limiar da fantasia, o sonho torna-se realidade"
Alegoria 1
"D. Corleone Mobil"
Ala vilões
"Quem tem medo do Lobo Mau?"
Mestre-sala e porta-bandeira
"Goldeneye: ao serviço da sedução"
Ala Charlot
"O cinema mudo a preto e branco"
Destaque
"Marilyn, a diva"
Ala Marilyn
"E o mito continua..."
Madrinha da bateria
"O falcão Nobre"
Bateria
"Os corajosos Guerreiros"
(35 componentes ritmistas, 3 intérpretes e 1 cavaquinhista)
Destaque
"Rainha de Naboo"
Passistas
"Planeta Lucas: todas as sagas têm um começo"
Destaque
"Vasco Santana"
Baianas
"Os clássicos portugueses"
Ala fantasia
"Um sonho de coelhinhas"
Alegoria 2
"1, 2, 3... Acção!"

Letra

Claquete, alegria, no grito:
Vamos rodar
Heróis, vilões, e tudo imaginar
Na sala escurinha, poltrona
ou sob o luar
Batque estreia um filme
d'encantar

Sinto a luzinha da inspiração
Sonho o triunfo do bem sobre
o mal
Bond é o meu nome, aguenta
coração, vou sambar!
Glamour na saia da vida,
apaixonante
E Charlie Chaplin mostra o
mundo hilariante
O beijo é arte na tela ou mesmo
na TV
Magia vem no dedo do E.T.

E na guerra de brincar, trago
no kilt toda a emoção
No pique da Batera a comandar
Guerreiro! Serei sempre folião!

Viajo na Saga das Estrelas, cometas
Volta de novo essa vida mundana
Me dói a barriga de rir da conversa
Do candeeiro pró Vasco Santana!
Mas que horror, o mau da fita não pode vencer
Um final desses não quero nem ver
Fecho os olhos, imagino o que vai acontecer
A sétima arte, afinal, na Escola e no Carnaval
É estrela; hoje não vai ter rival

Mónica Sofia Lopes
(in Suplemento de Carnaval do JM, Fevereiro 2007)


Escola de Samba
Juventude de Paquetá

Fátima Silva
(Presidente da escola)
Carlos Ferreira
(Mestre da bateria)
Maria João Lapo
(Madrinha da bateria)
Anabela Maia, Sérgio Ferreira e Paulo Lucas
(Puxadores da bateria)
Cesário Silva e Eugénia Sousa
(Mestre-sala e porta-bandeira)
Gabriel Pedro
(Director da harmonia)

Brasil: três raças um só coração

Desde os Descobrimentos, quando no Brasil só habitavam índios, deu-se início a uma grande mistura cultural e multi-racial, que resultou em grandes benefícios para o crescimento e desenvolvimento do país através da harmonia e socialização do seu povo.
A intenção não é relatar e história dos Descobrimentos e muito menos relacionar pontos benéficos ou não da colonização. É retratar a chegada dos negros ao Brasil, onde há a junção destes com os brancos e índios.
Exaltaremos com alegria, beleza e muita cor as principais dessas raças que ainda hoje vivem em harmonia.

Componentes

Comissão da frente
As três raças
(negros, brancos e índios)

Mestre-sala e porta-bandeira
Brasil e Portugal

Ala das baianas
Mãe Terra - solo fértil

Casal destaque
Africanos/Negros

Ala das crianças
Africanos/Negros

Casal destaque
Indios

Ala dos Indios
Indíos

Primeira e segunda Princesa da bateria
Traje livre trazendo as cores da escola

Madrinha e padrinho da Bateria
Os pássaros que anunciam a Paz entre os povos. Baseado no pássaro do Brasil, arara juba.

Bateria
Um só coração

Carro alegórico
Três raças, um só coração

Letra

A mensagem de Paz
Paquetá nos traz
A verdade da vida
O prazer de viver
Harmonizar o Povo e as raças,
faz bem
Meu bem querer, Meu bem
querer (bis)
Oh! Mãe Terra
Oh! Mãe Terra
Solo fértil, abençoado
De onde brotam as riquezas
Nosso amuleto sagrado
Imenso Brasil da mistura
Juventude que fascina
Nossa escola tem um samba novo
Embalado bem no clima
Se harmonizar o Povo é fundamental
Lá em nosso ninho, tem valor especial
Se há comemoração, vamos confraternizar
Unir se torna um ritual
Prepare a alma nesse Carnaval
Beleza...
Beleza me seduzir
Três raças a se revelar
Juntando para o meu prazer
Cultura p'ra se misturar (bis)
A força...
A força que tem entre a Terra
e o Céu
Vem da Fé
Se a conquista é uma arte
União faz parte
Enriquece o meu saber
Eu só quero ser feliz
Unir meu coração com meu irmão
Porque será que juntos temos e só não
Formamos um só coração
O Povo pede Paz e União.

Mónica Sofia Lopes
(in Suplemento de Carnaval do Jornal da Mealhada, Fevereiro 2007)


GRES
Real Imperatriz

Tony Melado
(Presidente da escola e mestre da bateria)
Rute Gonçalves
(Madrinha da bateria)
Filipe Cruz
(Puxador da bateria)
Merson William e Nancy Pinheiro
(Mestre-sala e porta-bandeira)

Água que alimenta a raiz, fortalecendo os 15 anos da Real Imperatriz

Pelo conhecimento explorado pela humanidade, até hoje não foi encontrado nenhum planeta mais bonito e cheio de vida do que o nosso planeta azul, o nosso planeta Terra, o nosso planeta água. Assim sendo, tudo o que nele existe está ligado de alguma maneira a esse elemento imprescendível às nossas vidas, a água. Pela sua acção renovadora, transformadora e às vezes até destruidora pela sua potencial força, retrataremos alguns factores, em que esse precioso tesouro se mostra em toda a sua intensidade, alimentando a raiz do nosso espectacular planeta!

Componentes

Comissão de frente
Representa o planeta Terra, a fantasia estiliza o globo terrestre na saia e no costeiro. A vida no planeta é representada com dois cavalos-marinhos como adereço no fato.
Mestre-sala
Representa a fonte de vida do ser humano. O costeiro apresenta o óvulo a ser fecundado.
Porta-bandeira
Traz no costeiro o útero gerando uma criança (símbolo da vida humana).
Ala gota de água
Representada pela cor azul com detalhes em forma de gotas.
Ala da chuva
Traz sob o fundo rosa, para reproduzir o efeito da chuva o número substancial de pequenas gotas distribuídas em várias posições.
Rainha da bateria
Fato preto e prata que representa uma nascente da água cristalina.
Baianas
Representam os frutos e vegetais imprescendíveis para a alimentação humana. Pela sua composição contém grande quantidade de água.
Bateria
Os rios, com dois peixes, que dependem desta fonte de vida (água doce).
Ala do mar
Maior quantidade de água existente no planeta (água salgada), como adereço um golfinho.
Composição de carro
Os destaques representam elementos que se encontram na água, os peixes representam o planeta água e a sereia representa o mundo imaginário das histórias e lendas.

Letra
Sou imperatriz
O nosso samba é referência
Do caos inicial à explosão da vida
Sou água, a nave-mãe da existência
Brilhou, no universo reflectiu
Uma grande explosão
A Real enfim surgiu
Do céu uma imensa tempestade desabou
Nas águas se manifestou a vida
Assim, ao longo dos nãos de saber
Surgem modificações
Com arte e sabedoria
A liberdade buscar
Um novo mundo conquistar
Rei Neptuno, eu quero navegar
Tenho medo desse mar secar
Me proteja, eu quero mergulhar
Pr'o seu reino desvendar
Rei Neptuno, eu quero navegar
Tenho medo desse mar secar
Me proteja, eu quero mergulhar
Pr'o seu reino desvendar
Atlântida, terra reluzante do amor
Do rumo celestial desviou
Ao fundo do mar foi tragada
O criador abençoou o nosso chão
O combustível da vida nos doou
O reino de todas as águas, Brasil
A semente brotou com ela a redenção e paz
Imperatriz, tu és linda demais,
Derrama sobre a terra suas águas milagrosas
Preservação, a sinfonia da vida
Ouça o lamento da natureza que chora
E o clamor que vem das águas
Os quinze anos vamos festejar agora.

Mónica Sofia Lopes
(in Suplemento de Carnaval, do Jornal da Mealhada, Fevereiro 2007)



GRES
Samba no pé

Filipe Figueiredo
(Presidente da escola e mestre e puxador da bateria)

Éden Ferreira
(Madrinha da bateria)

Bruno Ferreira e Olga Godinho
(Mestre-sala e porta-bandeira)

A viagem pelo mundo mágico da flora

A beleza da vida não está apenas no facto de podermos construir um palácio ou possuir uma infinidade de bens materiais, acumulando fortuna durante a nossa existência...mas consiste, principalmente, em saber apreciar a grande fortuna que a natureza nos dá todos os dias, sem nos exigir absolutamente nada. Apresentamos um pedacinho da natureza, num espectáculo de flores e de cores.

Componentes

Comissão de frente
Os beija-flores através de uma espectacular revoada, apresentam a escola rumo ao mundo mágico da natureza.

Mestre-sala e porta-bandeira
O arco-íris representado por todas as suas sete cores.

Ala da frente
Flores do campo e toda a sua variedade de cores.

Ala mirim e destaque de chão
Jardim de pequenas e encantadoras flores multicores e reluzentes.

Baianas
As abelhas passeando de flor em flor.

Madrinha da bateria
Flor 'brinco de princesa' e toda a sua exuberância de cor.

Bateria
Girassóis que balançam ao ritmo do vento.

Destaques de carro
A leveza das borboletas no meio das flores.

Carro
A fada Flora com asas de borboleta rodeada por um jardim de orquídeas.

Letra

Uma magia pelo ar
Espalhando seu perfume sem igual
E encantando, assim, toda a galera geral
Em todo o seu esplendor
As flores começaram a desfilar
Na Mealhada, a preferida e divertida
A cidade a florir
Clareiam as flores
Num raro espectáculo de cor
E os passarinhos voando
Todos nos vão encantando
Passando de flor em flor
As flores clareiam!
Tornando esse mundo multicolor
E as abelhas estão presentes
Junto a um rico medalhão
E fascina essa avenida
Causando linda sensação

É de lá pra cá
Vamos sambar, por entre as flores!
Prá nesse enredo encantar
Um paraíso cheio de cores

Ao desfilar, o nosso olhar se encantou...
Linda aurora, fauna e flora
Revela o amor pla perfeição
E a natureza com seu encanto
Por todos nós, espalha sedução.

Ô Ô Ô vamos cantar
Samba no Pé veio pra deslumbrar
É Carnaval, é só felicidade
Eu vou mostrando samba de verdade

Mónica Sofia Lopes
(in Suplemento de Carnaval do Jornal da Mealhada, Fevereiro 2007)

quarta-feira, fevereiro 21, 2007


Grupo de Samba
Sócios da Mangueira

Henrique Salvador
(Representante da comissão de gestão da escola)
Sandro Alves
(Mestre da bateria)
Francisco Gomes, Mário Garcia e Renato Ferreira
(Puxadores da bateria)
Eliana Pereira
(Madrinha da bateria)
João Luciano e Fernanda do Vale
(Mestre-sala e porta-bandeira)
Paulo Burian
(projectista dos fatos e carro alegórico)


Viagem à descoberta do país do sol nascente

Nesta viagem, vamos à descoberta de um lugar, o Japão, e de uma época que se estende de 1100 a 1867, altura em que os samurais serviam como soldados a aristocracia japonesa. Retrataremos, entre outros, samurais, gueixas, a flor-de-lótus e a parte da história que está também ligada à religião (o Buda ou o "Iluminado").

Componentes

Comissão de frente
Os indivíduos que puxavam os riquexós.
Mestre-sala e porta-bandeira
A nobreza da época.
Mirins
Os camponenses.
Baianas
A flor de lótus.
Passistas
As gueixas.
Ala de trás
Amaterazzu, a deusa do sol.
Madrinha da bateria
A força e a harmonia do Samurai.
Bateria
Os samurais.
Carro alegórico
Vai representar o templo do Buda e tudo o que o envolve.

Letra

Abram alas deixa a Mangueira passar (bis)
É voz que não se cala (bis)
É grito de euforia no ar (bis)

É Carnaval Ô
A escola abre as portas p'ró Japão
É tempo de encantar
Mostrar ao mundo que eu sou campeão (e vem)
Vem a nobreza a dançar (dançar, dançar)
Vem de lá para cá ô
No tempo do Bushi
Forte, guerreiro feroz
Em sua raiz tem arte e harmonia

Puxa o carro, lá vem o riquexó
Transporta essa gueixa, de novo tão só
A Mangueira não é brincadeira
Camponês na zoeira, faz a vida melhorar

Gosto dessa flor que é você, amor (bis)
Baiana seu perfume, hoje eu tô-qui-tô (bis)
(linda gueixa)

Linda gueixa, ouve as nossas fantasias
Deixa falar, fica no bolso a fidalguia
As terras, dadas dos barões
Aos mascarados samurais
Na crença, o Buda e Amaterazzu
Deuses em mistura, indiferente
Nos templos, o povo ofertou
Ah! Que viagem, vem ver o país do sol nascente (abram alas)

Mónica Sofia Lopes
(in Suplemento de Carnaval do Jornal da Mealhada, Fevereiro 2007)


quarta-feira, fevereiro 14, 2007















HOSPITAL DA MISERICÓRDIA DA MEALHADA

Cirurgias começaram.
Urgências abrem a 1 de Março

O Hospital da Misericórdia da Mealhada (HMM) realizou na passada quinta-feira, dia 8, as primeiras cirurgias no seu bloco operatório, coordenadas pelas médicas, Paula Sepúlveda e Helena Campos Coroa, ambas cirurgiãs neste estabelecimento hospitalar.
Sobre estes factos Sónia Coleta, administradora e gestora do hospital, afirmou: "Estas cirurgias são todas privadas, não pertencem a listas de espera". Sónia Coleta informou que "estão marcadas mais cirurgias de oftalmologia, para esta semana e, para finais de Fevereiro, também, em ortopedia".
As seis cirurgias foram feitas em doentes que eram seguidos neste Hospital e foram ambulatórias, ou seja, "as pessoas ficam apenas umas horas no quarto do hospital e depois vão embora", explicou Sónia Coleta.
Os doentes que esperam ser submetidos a cirurgias nos hospitais públicos vão passar a poder recorrer ao Hospital da Misericórdia da Mealhada, que aderiu ao sistema integrado de gestão de inscritos para cirurgia (SIGIC).
João Peres, provedor da Santa Casa da Misericórdia, afirmou: "Trata-se de mais um passo importante para o hospital e, acima de tudo, de mais um passo para melhor e mais saúde". E Luís Oliveira, director clínico do hospital, acrescentou: "Neste momento, os doentes desta zona, que estão em listas de espera, podem ser operados aqui".
A partir do dia 1 de Março as urgências vão entrar em funcionamento, apesar de ainda não haver acordo com o Serviço Nacional de Saúde (SNS).
Luís Oliveira afirmou que "para as urgências entrarem em funcionamento, o hospital tem de ter assegurados os cuidados continuados de sáude e isto implica mais recursos não só humanos, como económicos". "Neste momento, o hospital já pode proporcionar aos utentes da zona este serviço. Os preços também são acessíveis", esclareceu.
Questionado sobre a possibilidade de virem a realizar-se interrupções voluntárias da gravidez neste hospital, Luís Oliveira, alegou: "Os hospitais não servem para realizar abortos, mas depois de se estabelecer uma lei que permita que se realizem, com todos os cuidados que isso implica, poderá existir a possibilidade de virem a ser feitos neste hospital. De momento, temos consultas de ginecologia, que podem aconselhar as mulheres nesse sentido".

Mónica Sofia Lopes
(in Jornal da Mealhada, 14 de Fevereiro de 2007)





ESTALAGEM AZEVEDO, NA PEDRULHA

Cansado "de ver passar os
clientes" promete lutar

Na passada quinta-feira, pelas 6h 30m, a Estalagem Azevedo, situada no troço da EN 234 que liga o IC2 ao nó da auto-estrada do norte (A1), recebeu a visita de funcionários da Estradas de Portugal (EP), que tinham como objectivo destruir uma ligação directa à EN 234 feita pelo proprietário, João Azevedo. Os técnicos só não contavam que os responsáveis pela estalagem e os seus funcionários barrassem o caminho às máquinas da EP, colocando os seus carros de forma a que não pudesse entrar no terreno do restaurante a máquina da EP. Só ao fim de quatro horas conseguiram entrar em acção e destruir a dita ligação, que tinha sido feita há quase dois meses.
O proprietário abriu essa ligação a fim de que os seus clientes não tivessem de andar mais alguns quilómetros para acederem a este estabelecimento, isto porque "estava cansado de ver passar ao lado potenciais clientes, que não entravam no restaurante por falta de acesso directo à estrada nacional". Acesso este que foi feito ilegalmente. José Azevedo já tinha sido notificado por esta infracção, pela a EP. Com medo de que o decréscimo de clientes se viesse a verificar, o proprietário não obedeceu, motivo que gerou confusão nesta manhã. Os ânimos só acalmaram com a chegada de duas dezenas de militares da GNR e pouco passava das 11 horas quando, finalmente, a máquina escavadora da EP entrou em acção. Contudo, José Azevedo assegura que vai fazer justiça e que vai continuar a lutar até que lhe dêem razão e "denunciar o lóbi que deixa os outros terem acessos e que a ele o discrimina".

Mónica Sofia Lopes
(in Jornal da Mealhada, 14 de Fevereiro de 2007)


ESCOLA SECUNDÁRIA DA MEALHADA

Droga, efeitos e prevenção, em debate

Na quinta-feira, 8 de Fevreiro, realizou-se, no auditório da Escola Secundária da Mealhada, uma sessão informativa subordinada ao tema "droga, efeitos e prevenção". A iniciativa foi do gabinete de Serviço Social da Câmara Municipal da Mealhada, no âmbito do Programa Rede Social - Grupo Temático das "Dependências" e Projecto "Caminhos Cruzados", da Associação de Desenvolvimento Local da Bairrada e Mondego (AD ELO).
A abrir o encontro intervieram Filomena Pinheiro, vice-presidente da Câmara Municipal, e António Santos, director executivo da AD ELO. De seguida, Rosa Maria Gomes, responsável pela consulta de alcoologia do Centro de Saúde da Mealhada, introduziu o tema "o álcool e seus efeitos" e começou por explicar o que é o alcoolismo e o que é um alcoólico crónico. Também estabeleceu uma comparação entre bebidas fermentadas e destiladas e comentou o tipo de vida de um alcoólico, a nível social, familiar e profissional. "As consultas de alcoologia no Centro de Saúde da Mealhada são feitas de quinze em quinze dias, às quartas-feiras, onde estão inscritos, neste momento, trinta pessoas", afirmou Rosa Maria Gomes, que acrescentou: "Claro que este número vai sofrendo alterações porque o vício do álcool é muito forte e as vítimas acabam por desistir desta consulta. Temos de ser nós a controlar e tentar que isso não aconteça".
Claúdia Pires, assistente social no centro de Atendimento de Toxicodependentes de Aveiro (CAT), e Patrícia Santos, psicóloga no CAT, apresentaram o tema "Falar de drogas para quê?", onde deram a conhecer o serviço da mencionada instituição. A psicóloga desenvolveu o conceito de droga explicando os conceitos habituação, tolerância e dependência.
A segunda parte do encontro foi preenchida, essencialmente, com a intervenção do cabo Marques, da Guarda Nacional Republicana de Anadia, intitulada "Dependências-Efeitos na Condução". "Portugal é o segundo país da União Europeia com o mais elevado nível de consumo de álcool", referiu o militar, que revelou as estastísticas, referentes ao concelho da Mealhada, dos acidentes, mortos, feridos, atropelamentos e detenções por álcool em 2006. Explicou, ainda, os efeitos, por taxa de alcoolemia, de quem conduz sob o efeito de álcool e os efeitos de outro tipo de substâncias. Deu também a conhecer a tabela de coimas.
Solange Cardeira, aluno do décimo segundo ano, no final da sessão garantiu: "O polícia foi o mais interessante. Os testemunhos de situações que ele presenciou na sua vida profissional e que transmitiu, fizeram-nos pensar".
"Desde há muitos anos", asseverou Filomena Pinheiro, também no final da sessão, "que existe uma preocupação grande neste concelho por parte da Câmara porque já se perderam muitas vidas na estrada. Estabelecemos regras que permitem a abertura dos cafés, durante a semana, até às 2 horas, e, ao fim-de-semana, até às 4 horas, pensando que, desta forma, poderíamos prender os jovens à cidade, sem necessitarem de usar os automóveis. Acontece, porém, que não só não resultou, como ainda teve efeitos contrários, porque poucos são os que não consomem álcool quando vão a festas e depois ainda pegam nos carros, para irem para os arredores da cidade".
Kátia Tralhão, assistente social do Centro de Saúde da Mealhada, deu um conselho final aos jovens: "Não preciso consumir álcool numa festa para me divertir. Divirto-me mais tomando consciência dos actos que estou a fazer".

Mónica Sofia Lopes
(in Jornal da Mealhada, 14 de Fevereiro de 2007)


Carnaval da Mealhada 2007

terça-feira, fevereiro 13, 2007


Paulo Burian é o responsável pelos
carros alegóricos do Carnaval 2007

Paulo Burian e Tiago Pereira, ambos do interior de São Paulo, no Brasil, chegaram à Mealhada com a intenção de promoverem um curso de flores artesanais, que se realizou em Julho, na Junta de Freguesia da Mealhada. Ficaram e assumiram a responsabilidade de construir os carros alegóricos do Carnaval 2007, "onde se depositam grandes esperanças de modernidade", garantem os responsáveis.
José Felgueiras, presidente da Junta de Freguesia, viu alguns projectos destes artistas e deu-os a conhecer a Álvaro Miranda, presidente da Associação de Carnaval da Bairrada (ACB). "Isto foi em Agosto, altura em que estávamos para voltar ao Brasil", "mas quando a Associação nos fez uma proposta para ficarmos a trabalhar para o Carnaval 2007, ponderámos e aceitámos".
A partir da primeira semana de Outubro começaram a trabalhar nos sete carros alegóricos (seis das escolas de samba e um dos reis de Carnaval) que desfilam no corso. A oficina, ou barracão, na gíria carnavalesca, é nas instalações da Câmara, perto da zona desportiva, na Mealhada. E, nesta fase, a equipa já é constituída por nove pessoas.
Para além dos carros fizeram ainda os projectos das fantasias para quatro escolas: Sócios da Mangueira, Juventude de Paquetá, Samba no Pé e Real Imperatriz. "Nas quatro escolas estamos a prestar assistência técnica e a fazer a readequação do material, que é um tratamento que se faz para o material poder ser reutilizado", explicou Paulo Burian que, a concluir, frisou: "É esta a minha especialidade. Não economizar era uma das falhas mais graves que o Carnaval da Mealhada tinha".
Cenógrafo, decorador, director artístico de eventos, artista plástico, produtor visual e maquilhador, Paulo Burian ainda faz a coreografia de mestre-sala e porta-bandeira da escola de samba Real Imperatriz.
O brasileiro considera que "este Carnaval vai ser mais rico em termos visuais pois havia uma falta de informação e intercâmbio profissionalizado" e asseverou: "Nós fazemos um trabalho forte de pesquisa, que é muito importante para o resto funcionar bem. E, claro, isto vem ao encontro da enorme vontade e do gosto que as pessoas têm pelo Carnaval Luso-brasileiro". Em relação aos materiais usados, Paulo Burian afirmou: "Este ano vamos ver materiais recicláveis dos mais diversos".
O assessor de Paulo Burian, Tiago Pereira, concluiu que "o trabalho só é cansativo" porque estão o dia todo de pé, mas "neste momento, em que começam aparecer os frutos do trabalho, é muito mais satisfatório" e acrescentou: "O que se fazia aqui, em termos visuais, deixava muito a desejar. A ajuda e o conhecimento que trouxemos foi importante para este Carnaval e para os futuros".
Assim que terminar o Carnaval, Paulo Burian e Tiago Pereira vão voltar ao Brasil. A ideia de voltarem para outros Carnavais poderá ser considerada "se houver um projecto sério".

Mónica Sofia Lopes
(in Jornal da Mealhada, 14 de Fevereiro de 2007)



"Samba LêLê"
na Mealhada, sexta-feira

O grupo "Samba LêLê" é o mais antigo grupo de samba em Portugal, tendo sido formado em 1973 por estudantes brasileiros da Universidade de Coimbra. Actuará, na próxima sexta-feira, 16 de Fevereiro, na tenda gigante do sambódromo Luís Marques, na Mealhada.
O grupo já percorreu o país, de norte a sul, e Xando, um dos seus fundadores, afirmou: "Poderíamos ter muito mais actuações, mas o facto de estar ligado à escola de samba 'Charanguinha', de Ovar, não permite ter mais tempo para isso". Acrescentou que desde Setembro o grupo tem tocado "todos os fins-de-semana, sextas e sábados, inclusivamente, o que também vai continuar a acontecer depois do Carnaval".
Para além de Xando (cavaquinho e voz) fazem parte do grupo Bruno peres (surdo e voz), Pirussas (pandeiro), Xandinho (bateria e voz), Mazinho (violão e voz) e Lula (tam-tam e voz). Exceptuando, o músico Xandinho, todos os elementos estão ligados a escolas de samba, de Ovar, Estarreja e Mealhada.
"A particularidade deste grupo é a de que os seus elementos não ensaiam e, portanto, durante todas as actuações, o improviso acaba por ser a característica mais acentuada" dizem alguns dos fãs que acompanham as actuações por todo o país.
Considerado o melhor grupo de samba nacional, oficialmente apadrinhado pelo grupo "Fundo de Quintal" (do Brasil), em Ovar, em 29 de Janeiro de 2005, o Grupo "Samba LêLê" está confiante numa actuação apoteótica no Carnaval da Mealhada.

Mónica Sofia Lopes
(in Jornal da Mealhada, 14 de Fevereiro de 2007)

quarta-feira, fevereiro 07, 2007


CASAL COMBA

Debate sobre
o referendo do aborto

Promovido pela associação cívica Movimento Odete Isabel (MOI), decorreu no sábado, dia 3 de Fevereiro, em Casal Comba, um debate sobre o aborto. Foi moderador o professor doutor José Barros, que é também obstetra, e oradores a drª Margarida Viegas, do "Movimento da Cidadania e Responsabilidade pelo Sim", e o dr. João Caetano, "Movimento Aborto a pedido? Não!".
Margarida Viegas começou por afirmar que "todos os presentes conhecem alguém, por mais distante que seja, que tenha feito um aborto" e perguntou se "algum dos presentes é capaz de denunciar alguém que já tenha feito um aborto", adiantando a resposta: "Obviamente que não". A oradora garantiu serem das classes mais desfavorecidas as mulheres que têm sido condenadas pela prática do aborto e questionou o facto "de os movimentos que defendem o 'Não' usarem muito o argumento de que só se engravida porque se quer, uma vez que existem os métodos contraceptivos para o evitar".
Margarida Viegas alegou que "são quase nulos os custos que podem resultar de um aborto uma vez que, feito legalmente, e com as devidas condições, não é necessário nenhum dia de internamento" e defendeu a ideia de que existem mulheres que têm contacto com os serviços de saúde, pela primeira vez, quando vão fazer um aborto, ou seja, "quando uma mulher se dirigir a um centro hospitalar para realizar um aborto, dar-lhe-emos as condições necessárias para, a partir desse momento, ser seguida e informada pelos serviços de sáude".
João Caetano começou o seu discurso dizendo que "defende o 'NÃO' porque sabe o que quer para o futuro da sociedade e porque tem consciência de que a maioria das mulheres aborta em condições muito difíceis". O orador enfatizou a sua ideia dizendo que "se o 'SIM' ganhar vão existir dois momentos, um em que a mulher é criminosa, porque aborta depois das dez semanas, e outro em que a vida humana é completamente desvalorizada". Questionou, ainda, o facto de o aborto poder ser decidido apenas pela mulher.
Depois de algumas questões propostas pelo público, Margarida Viegas afirmou: "O aborto já está liberalizado em Portugal, porque ninguém deixa de o fazer. Quem quer, fá-lo na mesma. O 'SIM' respeita aqueles que querem ter os seus filhos e aquelas que não querem prosseguir com uma gravidez". Sobre a possibilidade de as mulheres optarem por não abortar e entregarem os filhos a instituições, Margarida Viegas comentou: "Não consigo compreender por que é que uma mulher teria de carregar um filho durante nove meses para depois o doar a uma instituição", concluindo: "Em Portugal estamos a lutar por uma lei que, por exemplo, já existe há trinta anos em França".
João Caetano realçou a ideia de que o aborto tem, para as mulheres, imensos efeitos indesejáveis, não só fisicos mas também psicológicos, e aconselhou a leitura do livro "Eu abortei. Testemunhos reais de abortos provocados", de Sara Martin Garcia. "Em caso de dúvida se existe, ou não, vida até às dez semanas, deve salvaguardar-se a vida. Em caso de dúvida, prevalece sempre a vida", apelou João Caetano.
Margarida Viegas concluiu a sua intervenção a favor do "SIM" dizendo que, "independentemente de ganhar o 'SIM' ou o 'NÃO', os dois têm de tentar combater o aborto porque temos de lutar por uma maternidade responsável". "Não somos a favor do aborto, somos a favor da despenalização das mulheres", disse também Margarida Viegas.
Para João Caetano "os dados oficiais, em todos os países do mundo, provam que o aborto aumentou depois da sua despenalização".
Segundo José Barros, "se o tema do aborto for discutido com paixão, as coisas correm sempre mal", acrescentando que "a opção pelo 'NÃO' está convicta na medida em que cada aborto que não se realiza é uma vida que nasce, é a vida que prevalece". O moderador foi também de opinião que, qualquer que seja a lei que não permita o aborto, este vai continuar a existir e apelou a "um voto com consciência, pesando todos os prós e os contras do 'SIM' ou do 'NÃO'".

Mónica Sofia Lopes
(in Jornal da Mealhada, 7 de Fevereiro de 2007)

CARNAVAL DA MEALHADA 2007

Esta semana o Jornal da Mealhada foi saber como estão a decorrer os preparativos das escolas de samba GRES Amigos da Tijuca e GRES Samba no Pé, quando faltam menos de quinze dias para o Carnaval.


GRES Amigos da Tijuca









"Educação no trânsito...pega carona com a Tijuca" é o tema que a escola de samba "GRES Amigos da Tijuca", de Enxofães, vai apresentar este ano no desfile de Carnaval.
Pedro Mamede, presidente da escola, garantiu: "Foi o escolhido de três temas que os elementos tinham proposto porque tem uma função educativa e achamos interessante".
Os ensaios da escola decorrem às sextas-feiras, para as alas femininas, e aos sábados, para a bateria. As coreografias das alas estão a cargo de Rita Andrade e a bateria a cargo de Tiago Mamede.
Em relação aos fatos, Rita Andrade, coreógrafa da escola, afirmou que "os projectos foram feitos por um artista brasileiro mas foram todos alterados por alguns elementos da escola, exceptuando os fatos da bateria". Em relação ao material usado nos fatos, Pedro Mamede disse que "algum foi trazido do Brasil e um fato de destaque veio completo de lá".
A escola, que participa pela terceira vez no Carnaval, conta com noventa elementos, distribuídos por seis alas. "Alguns deveriam colaborar mais, mas mesmo poucos vamos adiantando o máximo para a apresentar tudo nos dias de desfile", concluiu Pedro Mamede.

Mónica Sofia Lopes
(in Jornal da Mealhada, 7 de Fevereiro de 2007)