Universia

quarta-feira, fevereiro 14, 2007















HOSPITAL DA MISERICÓRDIA DA MEALHADA

Cirurgias começaram.
Urgências abrem a 1 de Março

O Hospital da Misericórdia da Mealhada (HMM) realizou na passada quinta-feira, dia 8, as primeiras cirurgias no seu bloco operatório, coordenadas pelas médicas, Paula Sepúlveda e Helena Campos Coroa, ambas cirurgiãs neste estabelecimento hospitalar.
Sobre estes factos Sónia Coleta, administradora e gestora do hospital, afirmou: "Estas cirurgias são todas privadas, não pertencem a listas de espera". Sónia Coleta informou que "estão marcadas mais cirurgias de oftalmologia, para esta semana e, para finais de Fevereiro, também, em ortopedia".
As seis cirurgias foram feitas em doentes que eram seguidos neste Hospital e foram ambulatórias, ou seja, "as pessoas ficam apenas umas horas no quarto do hospital e depois vão embora", explicou Sónia Coleta.
Os doentes que esperam ser submetidos a cirurgias nos hospitais públicos vão passar a poder recorrer ao Hospital da Misericórdia da Mealhada, que aderiu ao sistema integrado de gestão de inscritos para cirurgia (SIGIC).
João Peres, provedor da Santa Casa da Misericórdia, afirmou: "Trata-se de mais um passo importante para o hospital e, acima de tudo, de mais um passo para melhor e mais saúde". E Luís Oliveira, director clínico do hospital, acrescentou: "Neste momento, os doentes desta zona, que estão em listas de espera, podem ser operados aqui".
A partir do dia 1 de Março as urgências vão entrar em funcionamento, apesar de ainda não haver acordo com o Serviço Nacional de Saúde (SNS).
Luís Oliveira afirmou que "para as urgências entrarem em funcionamento, o hospital tem de ter assegurados os cuidados continuados de sáude e isto implica mais recursos não só humanos, como económicos". "Neste momento, o hospital já pode proporcionar aos utentes da zona este serviço. Os preços também são acessíveis", esclareceu.
Questionado sobre a possibilidade de virem a realizar-se interrupções voluntárias da gravidez neste hospital, Luís Oliveira, alegou: "Os hospitais não servem para realizar abortos, mas depois de se estabelecer uma lei que permita que se realizem, com todos os cuidados que isso implica, poderá existir a possibilidade de virem a ser feitos neste hospital. De momento, temos consultas de ginecologia, que podem aconselhar as mulheres nesse sentido".

Mónica Sofia Lopes
(in Jornal da Mealhada, 14 de Fevereiro de 2007)