Luso

"Raízes do que somos", património

cultural e etnográfico em exposição

A Junta de Turismo Luso-Buçaco leva a cabo até 3 de Setembro uma exposição sobre o património cultural e etnográfico do concelho da Mealhada, intitulada "Raízes do que somos". A exposição, patente no edifício dos antigos escritórios da Sociedade Água do Luso, foi inaugurada no dia 3 de Agosto.

Da exposição faz parte uma recolha filatélica, subordinada ao tema do concelho da Mealhada organizada pelo Núcleo Filatélico e Numismático e também parte do espólio do Grupo Folclórico e Etnográfico da Vimieira, do Rancho Folclórico S. João, de Casal Comba e do Grupo Folclórico "As Tricanas de Luso". Também em exposição estão textos e fotografias de chalets do Luso que foram apresentados pelas alunas do curso de Turismo da Escola Superior de Educação de Coimbra, Celine Santos, Lisete Dias e Paula Neto. Grande atracção desta exposição é a presença de parte do espólio do Museu do Porco, instalado na Casa Quinhentista na Pampilhosa.

"Agradeço ao senhor Raul Aguiar da Junta de Turismo que quis trazer esta representação do Museu do Porco para esta exposição. Também quero agradecer à Câmara Municipal da Mealhada que nos deixou usar aqui uma escultura que esteve exposta aquando da apresentação das 'Quatro Maravilhas da Mesa da Mealhada' que é um leitão em massa de pão. Estão aqui cerca de mil peças e algumas de grande valor", explicou Machado Lopes, representante do Museu do Porco.

"O projecto não é novo e a ideia, pode dizer-se vem na continuação da iniciativa que, no ano passado, realizámos também neste local e nesta altura, a exposição "Luso no Tempo e na História", decalrou Raul Aguiar, administrador delegado da Junta de Turismo Luso-Buçaco. "Lançámos um convite a todos os ranchos do concelho da Mealhada para participarem com a exposição do seu espólio. Uma das particularidades da exposição é a presença de parte do espólio do Museu do Porco, um museu concelhio que se dedica a fazer a recolha de material etnográfico relacionado com a suinicultura. Neste espaço podemos ver arquivos documentais, bibliografia e alguns objectos tendo como figura o porco", disse Raul Aguiar.

"Os ranchos contribuíram com alfaias, cerâmica, trajes, arte sacra, bonecas, entre outros objectos que enchem de cor e dão nova forma a este espaço. Uma das novidades é também a presença de chalets do Luso. A Escola de Turismo deu-nos uma ajudinha na montagem desta parte, pois estavam a fazer um projecto semelhante. O principal objectivo desta exposição é atrair vistantes através do passado, abrindo assim portas ao futuro", declarou Raul Aguiar.

A exposição está aberta ao público de domingo a quinta-feira, das 10 horas às 12 horas e das 15 horas às 19 horas. Às sextas-feiras e aos sábados, das 10 horas às 12 horas, das 15 horas às 19 horas e das 20 horas às 22 horas.

No dia 15 de Agosto, feriado nacional, e a exemplo do ano passado, realizou-se em frente aos antigos escritórios da Sociedade da Água de Luso, na Rua Álvaro Castelões, em frente às Termas, uma Feira de Velharias e Antiguidades dinamizou o local.

Mónica Sofia Lopes

(in Jornal da Mealhada, 22 de Agosto de 2007)