segunda-feira, agosto 27, 2007
terça-feira, agosto 07, 2007
Portugal tentou
ganhar o Campeonato até
ao último minuto
O primeiro dia do 1º Campeonato Europeu de Hóquei em Patins Feminino Sub-19 foi de vitória para a selecção portuguesa. 5-3 foi o resultado do jogo com a França. Na conferência de imprensa que se seguiu ao jogo, o seleccionador da equipa nacional, Paulo Lopes, comentou: "Nós tínhamos consciência do potencial da França e por isso preparámo-nos o melhor possível. O primeiro lugar interessa-nos, se não for esse terá que ser o segundo. Nos primeiros jogos de cada equipa, as baterias vêm carregadas e assim como nós estudámos as outras equipas, também fomos estudados por elas". A capitã da equipa nacional, Gisela Honório, também aplaudiu: "Começar a ganhar é sempre bom. O apoio do público foi muito importante".
No segundo dia, Portugal venceu a equipa alemã por 3-1. "Atingimos o nosso primeiro objectivo quando ganhámos este jogo", afirmou Paulo Lopes, seleccionador da equipa portuguesa. Paulo Lopes ainda falou à imprensa da pouca experiência das suas atletas: "A atitude, o empenho e a motivação são fundamentais nesta modalidade. Estas jogadoras têm isso". Sofia Vicente, jogadora nacional, também afirmou: "Gostei muito deste jogo. É importante a equipa marcar, ser eu ou qualquer outra jogadora, isso é indiferente". Neste dia, mas mais tarde, a equipa portuguesa foi derrotada pela equipa espanhola por 0-4.
No terceiro e último dia deste campeonato, Portugal venceu a Alemanha, por 2-1, no primeiro jogo que disputou. Paulo Lopes, seleccionador da equipa portuguesa, confessou à imprensa: "Houve mais dificuldades do que aquilo que esperávamos. Contudo, as soluções que temos vindo a treinar e a ensinar, foram aqui apresentadas pelas jogadoras" e acrescentou: "Nós sabemos que no hóquei tudo muda em questão de segundos". Ana Rita, atleta portuguesa, comentou aos jornalistas: "A equipa nunca baixou os braços e teve sempre confiança. A ajuda e apoio do público foram essenciais. É indescritível a sensação que temos ao ouvir gritar por Portugal". O seleccionador ainda concluiu: "Durante o jogo tivemos que alterar algumas acções que tinham sido pedidas, inicialmente".
O último jogo deste campeonato, e onde foi disputado o primeiro e segundo lugar entre Portugal e Espanha, foi de vitória para a equipa espanhola. O seleccionador português, Paulo Lopes, concluiu que a sua equipa fez de tudo para ganhar este campeonato e louvou "o Fairplay que houve entre as jogadoras das equipas". Gisela Honório, capitã da equipa portuguesa, elogiou a equipa espanhola: "Temos que dar os parabéns. Demos o nosso melhor, mas não ganhamos este jogo".
Depois desta partida final e quase na despedida do campeonato, Portugal tinha conquistado o segundo lugar, tendo sido derrotado pela selecção do país irmão. Os hinos espanhol e português fecharam esta cerimónia e encerraram este 1º Campeonato Feminino Sub-19.
Mónica Sofia Lopes
(in Boletim Municipal da Câmara Municipal da Mealhada, Maio - Junho - Julho de 2007)
domingo, agosto 05, 2007
O que dizem as escolas de samba...
Anabela Maia,
ESCOLA DE SAMBA JUVENTUDE DE PAQUETÁ
"Os elementos da nossa escola desfilam na mesma, quer a ACB realize Carnaval, quer não. Os membros da escola ensaiam o ano inteiro e quando chega a altura do Carnaval querem é sair para a rua. Ainda temos muitos fatos antigos que podem sair para desfilar, como se pôde ver na exposição que fizemos há pouco tempo na nossa sede".
Fátima Lopes,
GRES REAL IMPERATRIZ
"Nós vamos fazer Carnaval, vamos estar na Mealhada nos dois dias de cortejo, mesmo que a ACB não organize este evento".
Filipe Figueiredo,
ESCOLA SAMBA NO PÉ
"Se não for a ACB a organizar este evento, a nossa escola não desfila na Mealhada. Para isso, fazemos a festa na terra em que a escola nasceu, em Sepins".
Henrique Salvador,
GRUPO DE SAMBA SÓCIOS DA MANGUEIRA
"Ainda não houve uma reunião na escola, por isso não posso dizer nada. O Carnaval vem longe. Se começarmos a trabalhar em Setembro, ainda vamos a tempo. Para já, vamos esperar e decidir alguma coisa, posteriormente".
Hugo Idalécio,
GRES AMIGOS DA TIJUCA,
"Ainda não reunimos e por isso não posso dizer nada acerca desse assunto. Só depois do Festival de Samba, em Setembro, é que vamos reunir e decidir o que fazer. Se desfilarmos no Carnaval da Mealhada o tema já está decidido, caso contrário, depois decidimos".
GRES Batuque
Do GRES Batuque recebemos o seguinte:
A decisão da direcção executiva da Associação de Carnaval da Bairrada (ACB) de não realizar os festejos de Carnaval de 2008 foi acertada. Condenamos, obviamente, a indiferença demonstrada pela Câmara Municipal da Mealhada (CMM) manifestada pela falta de compromissos escritos, em tempo útil, e que face ao empenho do elenco executivo da ACB foi humilhante para uma das Associações que realiza o evento que mais projecção dá ao concelho da Mealhada. Porém, as opções políticas são da responsabilidade da CMM e devemos respeitá-las. Aguardemos, pois, que o executivo camarário se afunde na sua falta de visão estratégica e que seja penalizado pela população do concelho por esta má decisão.
Quanto a nós, sambistas e foliões, resta-nos agradecer à direcção executiva da ACB terem lutado até ao limite da sua honra e possibilidades pela estratégia de melhoria contínua da qualidade de um dos Carnavais mais importantes do país e que tanta projecção dá ao concelho da Mealhada. Contudo, julgamos ser o momento para dizer basta e cumprirmos a nossa missão.
Na Assembleia Geral que ratificou a decisão da direcção da ACB, o GRES Batuque, para além de se solidarizar com a direcção executiva da ACB, afirmou peremptoriamente que irá desfilar na Mealhada nos dias de Carnaval de 2008. Mas que fique bem claro: não nos propusemos, directa ou indirectamente, a organizar o Carnaval Luso Brasileiro da Bairrada!
Para nós há duas formas de fazer Carnaval: uma em que nos divertimos imenso, durante quase todo o ano, a construir o enredo de cada desfile, produzi-lo e a executá-lo dignamente nos dois dias de Carnaval, contribuindo para a projecção do nosso concelho a nível nacional e mesmo internacional; outra em que nos divertimos imenso, durante quase todo o ano, a construir o enredo de cada desfile, produzi-lo e a executá-lo dignamente nos dois dias de Carnaval. Não! O texto não não está repetido! A diferença entre uma e outra forma de fazer Carnaval é o investimento da CMM (ou falta dele!) num evento que promove, indiscutivelmente, o Concelho da Mealhada.
O GRES Batuque propôs aos diversos grupos e associações ligados ao Carnaval desfilar com um tema único: "Os 30 anos do Carnaval da Mealhada". Seria uma oportunidade excelente para consolidarmos a história do evento e que, num ano de ZERO ajuda da CMM, só será exequível recorrendo ao material que ainda nos resta nos armazéns da ACB (fruto desses 30 anos de história). As escolas de samba poderiam construir os seus enredos utilizando as fantasias de outros Carnavais e voltar 30 anos atrás (infelizmente por necessidade!) solicitando aos seus elementos que tragam de casa as suas fantasias. Bem sabemos que os referidos bens estão degradados porque chove nas instalações, que lhe faltam plumas e outros adereços porque têm sido exaustivamente reaproveitados de ano para ano, que não estão as séries completas porque pontualmente são vendidos pela ACB para gerar receitas extraordinárias. Bem sabemos que será um Carnaval que, a existir, não terá, a espectacularidade a que o país se habituou e espera assistir na Mealhada. Bem sabemos que os milhares de visitantes que ocorrerão ao nosso concelho sairão de cá defraudados, não connosco os foliões, mas com a oferta turística e cultural do concelho.
Estamos certos que a magia e criatividade dos que vivem o Carnaval podem superar estas dificuldades! Para isso basta o mínimo entendimento entre aqueles que realmente gostam e querem fazer Carnaval na Mealhada.
(in Jornal da Mealhada, 11 de Julho de 2007)
terça-feira, julho 24, 2007
Grupo Folclórico e Etnográfico fez
festival no ano do 25º aniversário
O Grupo Folclórico e Etnográfico da Vimieira realizou, nos dias 6 e 7 de Julho, o XXII Festival de Folclore. O festival começou, na sexta-feira, 6 de Julho, às 21 horas, no Largo da Capela. Foi assado um porco no espeto e houve arraial animado pelo grupo musical Junk Flower. No sábado à noite, no pavilhão da Associação de Defesa e Protecção do Património da Vimieira realizou-se um espectáculo que contou com a exibição de quatro grupos convidados vindos de Moimenta da Beira, Covilhã, Viseu e Vila Nova de Gaia.
Na tarde de sábado, na sede da Junta de Freguesia de Casal Comba, às 18h, realizou-se uma recepção formal, com apresentação de cumprimentos, aos grupos convidados e aos autarcas. Participaram ainda na cerimónia António Messias, presidente da Associação Folclórico e Etnografia da Região do Mondego (AFERM), Nuno Simões e Hélder Rodrigues, da Junta de Freguesia de Casal Comba, e um representante da Federação Portuguesa de Folclore. "Este é um ano muito importante para nós porque, para além de estarmos a organizar o vigésimo segundo festival, fazemos vinte e cinco anos, em Novembro", afirmou Alzira Lindo, do Grupo Folclórico e Etnográfico da Vimieira.
Sobre o Grupo Folclórico e Etnográfico da Vimieira Alzira Lindo acrescentou: "O importante no concelho da Mealhada é a gastronomia (o leitão e o vinho), o turismo (temos a mata do Buçaco, muito bonita, mas que está um pouco degradada) e o folclore (temos seis grupos folclóricos no concelho). Como é uma região, essencialmente, agrícola, o meu grupo usa trajes de trabalho".
Hélder Rodrigues, secretário da Junta de Freguesia de Casal Comba, disse: "É importante aqui estarmos todos juntos. Estamos no coração da Bairrada e estas iniciativas fazem-nos lembrar as raízes do passado".
António Messias, da AFERM, também declarou: "O panorama folclórico a nível nacional está degradado. Em Coimbra, a tendência é a de se criar uma elite de grupos folclóricos que não têm uma raiz cultural, de pessoas e de terras. Não sintam inferioridade por apresentarem trajes de trabalho porque isso sim são as vossas raíezes, as raízes da Bairrada. Os trajes de trabalho representam, verdadeiramente, a vossa cultura".
No final da recepção houve troca de lembranças.
Mónica Sofia Lopes
(in Jornal da Mealhada, 11 de Julho de 2007)
segunda-feira, julho 23, 2007
"Os clubes, quando atingem uma certa projecção, perdem humildade. Nós estamos a precisar de fazer um reset".
Gonçalo Louzada é o presidente da direcção do Hóquei Clube da Mealhada (HCM). Está ligado à fundação deste clube, onde foi atleta. Foi treinador das camadas de formação e fez parte da última direcção liderada por José Vigário a quem sucedeu, como presidente, em Junho de 2006. Ao Jornal da Mealhada e ao Rádio Clube da Pampilhosa Gonçalo Louzada fez o balanço da época que agora finda e deixou algumas notas para a próxima temporada.
Pode dizer-se que o HCM é, de facto, um clube de formação?
Eu penso que é, efectivamente, um clube de formação e que não pode ter outras ambições no actual contexto. Digo isto porque a filosofia do HCM sempre foi a de apostar na formação de rapazes e raparigas. Era impensável ir buscar atletas a outros clubes para jogarem nas nossas equipas porque, em termos financeiros, isso seria um suicídio. A filosofia do clube foi, é e será, enquanto esta direcção estiver no activo, a formação de jovens do sexo masculino e feminino.
Neste momento, quantos praticantes estão inscritos no Hóquei Clube da Mealhada?
Em termos federativos estiveram inscritos, na última época, cento e dezasseis atletas, em todos os escalões. Uma equipa de hóquei é composta por dez jogadores, e nós tivemos onze escalões. Temos, por exemplo, escolas e benjamins, que são os mais pequenos, escolares, infantis, iniciados e, depois, os escalões que consideramos de maior especialização, isto é, os juvenis, os juniores e seniores. Mas o número mais significativo de atletas está nos escalões mais novos.
Os escalões de seniores, tanto de sexo masculino como feminino, são resultado do trabalho realizado, anos antes, nas camadas de formação...
Eu penso que sim, embora tenhamos o problema de os nossos bons atletas serem, normalmente, cobiçados por outros clubes, nos quais, muitas vezes, ingressam. Vejamos o exemplo de Tiago Sousa, guarda-redes da Oliveirense, que foi chamado à selecção nacional. Acabou por não ficar nos convocados para o campeonato do mundo mas, enfim, foi chamado, atendendo às suas qualidades. Há também o exemplo de Tiago ferraz, que tem sido uma presença constante nas selecções nacionais. Temos muito bons atletas que são cobiçados e levados para outros clubes, como dissemos, e, em consequência disso, não podemos dizer que as nossas equipas mais velhas são o reflexo total da nossa formação porque uma parte dela é posta ao serviço de outros clubes.
Nos escalões que chamou de especialização são claras as ambições competitivas...
Sim, temos ambições competitivas. Na época que agora terminou, por exemplo, ficámos em terceiro lugar no feminino. Nos juniores, com uma equipa feita de recurso, conseguimos o apuramento para a fase final do campeonato final. Os juvenis, infelizmente, por um ponto, não foram à chamada fase final, antiga Final Four, que foi ganha pelo Futebol Clube do Porto, equipa que nos ganhou por 1-0, no Porto, a um minuto do fim, e que perdeu cá por 4-1. Faltou-nos um pontinho para irmos a essa fase final. Acho que se pode ver qualidade nas nossas equipas. Nós temos sempre ambição mas as nossas ambições não podem ir para além de determinado ponto, exactamente pela saída de alguns jogadores para outros clubes maiores.
Nas equipas seniores houve atletas que se mantiveram fiéis à casa e que fizeram os seus cursos superiores sempre ligados ao clube. Este é um reflexo da filosofia, do espírito do clube?
Temos o exemplo de Nuno Cruz, Luís Vigário, Marco Rosmaninho... Penso que esse é um ponto importante. Nós, no HCM, tentamos ser um complemento de formação e, de alguma maneira, ajudar os atletas a formarem-se como pessoas e a terem um bom percurso escolar. Tentamos, pelo menos, ajudar e daí que, se nós virmos bem nos nossos planteis, masculino e feminino, temos advogados, farmacêuticos, médicos, professores de educação física, entre outros. Obviamente que as pessoas seguem a sua vida. Estou a lembrar-me de Luís Ferreira, que foi colocado em Lisboa, como professor de educação física. Nessas condições não pode vir treinar à Mealhada, três vezes por semana e jogar ao fim-de-semana. Eu acho que quem passa pelo Hóquei Clube da Mealhada fica muito ligado ao clube, exactamente, por esta filosofia de proximidade e de complemento.
Essa filosofia HCM, se podemos chamar-lhe assim, começa a ser incutida nos atletas logo muito cedo. Gonçalo Louzada acaba por ser o pai, por ter sido o grande impulsionador, desta grande pujança que são os escalões de formação do HCM.
Eu acho, com franqueza, que o Hóquei Clube da Mealhada teve até há um ano um presidente a quem, esse sim, podemos chamar pai de todo este projecto, que é José Vigário. Pela sua maneira de ser, pela sua maneira de estar, pelo seu interesse pelas pessoas, podemos considerá-lo o pai. Eu limitei-me a ser, à semelhança de outros, um obreiro da formação.
Mas a verdade que muitos dos que hoje são treinadores dos escalões de formação são antigos jogadores que foram treinados por si.
Eu reconheço que o HCM tem uma mística muito própria, tem qualquer coisa que nos atrai e que nos deixa um bichinho que, depois, vamos tentando transmitir uns aos outros e que nos dá uma grande ligação ao clube.
Uma ligação que vai para além do hóquei em patins?
A modalidade, nos dias de hoje, precisa de ser repensada porque esta história de as pessoas pensarem, exclusivamente, em resultados desportivos, tem de acabar, de uma vez por todas. O que é verdadeiramente importante é ter um balneário são, é ter as pessoas com excelente relacionamento umas com as outras, e isso, depois, faz com que tudo decorra de uma forma natural.
Mas para haver motivação não serão necessários resultados desportivos satisfatórios?
É evidente que sim, mas os resultados aparecem. Enquanto fui treinador passaram-me pelas mãos equipas que, em termos de valores individuais, não eram muito fortes. Mas eram miúdos que, na altura, iam para dentro do campo e a união era de tal maneira forte que podia vir quem viesse que eles eram imbatíveis. Sempre tentei servir o clube da melhor maneira possível mas eu hoje vejo treinadores estudarem muito mais do que eu estudei na altura, e, apesar disso, eu via os miúdos transcenderem-se.
A opção de serem as camadas a fornecerem seniores é, também, uma medida de equilíbrio financeiro?
També, também.
Será a opção mais barata para alcançar sucesso com qualidade?
Mas não é só isso. Tem a ver com a ideologia, a filosofia do clube. Tem sido essa a que nos tem, norteado ao longo destes vinte anos. Nós acreditamos nos atletas que formámos, nos jogadores da casa. Mesmo assim o HCM, graças ao facto de ser um clube reputado a nível nacional, também tem atletas que vieram estudar para Coimbra, ou para Aveiro e pedem para vir jogar para cá.
E se aparecesse um patrocinador que equipasse o clube com os meios necessários para alcançar o topo da modalidade, em termos competitivos, nas camadas seniores? Isso desvirtuaria o clube?
Não é uma questão de desvirtuar. Nós já estivemos na Primeira Divisão Nacional. E tínhamos esta filosofia que expliquei. Eu continuo acreditar nisso. Claro que reconheço que, infelizmente, este ano, a equipa sénior masculina desce à Terceira Divisão porque a nossa formação, em determinada fase, não funcionou perfeitamente no sentido de termos nesta altura mais jogadores.
É, portanto, um problema geracional?
Eu acho que sim. É uma questão de ciclos. Há um ciclo que terminou, ou está a terminar, e há outro a começar. Os clubes, quando atingem uma certa projecção, perdem humildade e penso que, de alguma maneira, nos últimos anos, o grande sucesso em vários escalões fez-nos perder um bocadinho de humildade. Eu lembro-me que, quando comecei a treinar os escalões de formação, nós éramos um clube pequenino e até conseguíamos uns feitos bons, e os miúdos eram extremamente humildes. Hoje, com este sucesso todo, este enriquecer do palco, perdemos humildade. As pessoas estão a precisar de fazer um 'reset' e de voltar a trabalhar bem, e com muita humildade, desde os escalões mais pequenos.
Retomar uma rota, uma estratégia?
Mas penso, com toda a franqueza, que isto é cíclico. O que estou a falar não acontece só connosco, verifica-se em inúmeros clubes. O Hóquei Clube da Mealhada tem tido a sorte, de alguma maneira, de continuar a ter pessoas muito interessadas neste projecto e que conseguem garantir a sua continuidade, independentemente de, agora, estarmos no topo e, amanhã, um bocadinho abaixo. O objectivo é sempre a melhoria.
Mas como é que se faz isso? Como é que se faz esse 'reset'?
As pessoas têm de entender que, em determinadas alturas, as nossas capacidades estão fragilizadas, nomeadamente as capacidades financeiras.
Fragilizadas porquê?
Porque, enquanto, há uns anos, se ia a uma empresa pedir um apoio e as portas se nos abriam, hoje vamos lá e as portas estão fechadas porque as próprias empresas estão com dificuldades de tesouraria. Nós temos um orçamento de oitenta e tal mil euros porque o hóquei em patins é um desporto caro. Noutros desportos os gastos fazem-se na compra de umas sapatilhas ou de umas chuteiras. Neste momento, um par de patins custa cerca de cento e cinquenta euros. Para equipar um jogador da cabeça aos pés gastam-se trezentos, quatrocentos euros.
O equipamento de um guarda-redes custa seiscentos. Portanto, temos um orçamento que prevê grandes despesas visto que o material é muito caro.
O 'reset' passa pelos pais, pelos próprios atletas, pela massa associativa, pelos dirigentes, no sentido de reconhecerem que é preciso avançar mais devagar?
Neste momento há condicionantes da nossa actividade. A direcção tudo está a fazer no sentido de consolidar as coisas para, dentro de dois ou três anos, o clube poder estar a funcionar dentro de níveis considerados normais. Neste momento é preciso que as pessoas tenham a noção de que há dificuldades, porque o Hóquei Clube da Mealhada sempre foi visto como um clube que não tinha problemas nenhuns. Isso não é verdade. Também é verdade que foi muito bem gerido. Só que, nos últimos anos, em termos de apoios, os recursos estão muito complicados. Sem dinheiro não se consegue fazer nada. Nós, este ano, fizemos mais de duzentos e sessenta jogos, fizemos mais novencentos e onze treinos. Desses jogos cento e trinta tiveram lugar fora das nossas instalações, com despesas inerentes a deslocações...
Esses jogos custaram, este ano, no que respeita a despesas federativas, substancialmente mais do que teriam custado na época passada...
Sem dúvida nenhuma! A actual direcção teve de debater-se com uma situação que foi uma coisa perfeitamente anormal. A Federação Portuguesa de Patinagem fez aumentos nas taxas federativas completamente fora de contexto. Isso faz com que tenhamos imensas dificuldades. Para se ter uma ideia: para a organização de jogos, o que envolve o pagamento de taxa de organização e de taxa de arbitragem, a quantia de quinze mil euros não vai ser suficiente.
Os aumentos foram muito significativos...
Muito grandes. Considere-se o seguinte exemplo: a inscrição de um treinador de nível um ou dois, no ano passado, na Associação de Patinagem de Aveiro, custava sete euros e meio. Este ano, a mesma inscrição custou mais de cento e noventa euros, ou seja, verificou-se um aumento de dois mil por cento.
Mas por que é que isso assim acontece?
A Federação Portuguesa de Patinagem também está com enormes dificuldades financeiras e, em vez de tentar arranjar financiamentos para as suas actividades, sobrecarregou os clubes.
A equipa sénior masculina desceu de divisão. Há pouco falou do final de um ciclo. Adivinha-se mais sucesso no próximo ciclo?
Quero acreditar que sim. Eu penso que a segunda divisão é onde o HCM tem, ou deveria ter, o seu lugar. Este ano tivemos um campeonato azarado. Em relação ao ano anterior perdemos alguns jogadores. É o caso de Rui Amaro, que foi jogar para o Vale Cambra, decidindo fazer uma experiência na primeira divisão, o que é perfeitamente respeitável. O caso de Luís Ferreira, de quem falei há bocado, que está a trabalhar em Lisboa, e o caso de David, que foi estudar para a Maia. A nossa ideia inicial era contar com os jogadores mais experientes e ir lançando os jogadores mais novos que vinham dos juniores. Acontece que Luís Vigário, um dos jogadores mais experientes da equipa, esteve lesionado na primeira fase da época e, quando ficou bom, lesionou-se Marco Rosmaninho, outro dos veteranos. Tudo o que tínhamos idealizado foi-se desmoronando aos bocados. Por outro lado, estes rapazes mais novos, que vinham dos juniores, também de uma forma compreensível, começaram a ver que não eram capazes de dar conta do recado, foram-se desmotivando e alguns, inclusivamente, saíram.
Houve também a saída do treinador...
Sim. Eu continuo a dizer que o treinador Luís LIma não teve qualquer responsabilidade nos maus resultados da equipa. Tratou-se de um conjunto de circustâncias. A falta destes jogadores e o facto de os outros elementos lesionados e não treinarem foram a causa de não conseguirmos ter um balneário forte.
No final soaram as trombetas e houve quem tivesse regressado para dar uma ajuda.
Nuno Cruz, que está a trabalhar em Lisboa e não jogava no HCM há várias épocas, percebeu que o clube precisava dele e disponibilizou-se. Inscreveu-se já depois de Dezembro e veio. Infelizmente, passados alguns jogos também se lesionou.
E quanto ao futuro, o tal novo ciclo?
Eu acredito que, se nós tivermos a capacidade de manter os jogadores que fazem agora parte do plantel de juniores e de juvenis, teremos qualidade para, dentro de dois ou três, regressarmos à Segunda Divisão Nacional e, quem sabe, até a algo mais. A equipa de juvenis do ano passado, que será de juniores do próximo ano, é uma equipa que sabe muito bem o que quer. De qualquer forma isso só não acontecerá se, efectivamente, houver alguma alteração em termos de jogadores. Estas presenças na selecção nacional também despertam a atenção dos clubes maiores.
Por outro lado a equipa sénior feminina teve uma época brilhante.
É verdade. No escalão feminino o balneário funcionou muito bem. Foi um grupo que manteve uma união extraordinária. Superaram-se a fazer campeonatos muito longos, com jogos feitos à base de seis jogadoras de campo, quando as havia... Também houve algumas lesões pelo caminho. Não é fácil e, com franqueza, penso que aí a união foi absolutamente preponderante para conseguirem alcançar o terceiro lugar no campeonato nacional. O que hoje nós vemos é um entusiasmo para poder ainda vir a superar esta classificação, que é, quanto a mim, excelente. Temos em andamento uma equipa de cerca de catorze, quinze raparigas de doze, treze, catorze anos, e vamos ver se, até virem essas, conseguimos aguentar as componentes da actual equipa, para que este projecto tenha uma continuação. Acredito que vamos conseguir isso. Há nesta equipa uma influência de Francisco Alegre que durante muitos anos a treinou e que, também, era um treinador que motivava as jogadoras.
E que permitiu que elas chegassem aqui?
Pois é verdade. Elas começaram, talvez, com Marco Bernardes nas escolinhas, há muitos anos, passaram por mim, depois por Francisco Alegre e chegaram ao Diamantino Fernandes.
Dina Tavares e Ângela Gameiro foram recentemente convocadas para a selecção nacional. Estas chamadas à selecção reforçam o estatuto do Hóquei Clube da Mealhada no panorama nacional da modalidade?
Penso que sim. É sempre bom ter atletas chamados à selecção. É para a selecção que qualquer atleta, no fundo, trabalha. Uns conseguem, outros não. Estas são duas atletas exemplares. Nascidas e formadas no HCM. A chamada de Ângela Gameiro é perfeitamente justificada pela qualidade que ela demonstrou ao longo da época. A convocação de Dina Tavres é já repetida porque é, de facto, uma jogadora de muita qualidade. Para nós é sempre uma honra ter jogadores nas selecções nacionais.
Isso também tem acontecido nas camadas jovens.
Nós temos na selecção nacional masculina, na selecção de juniores, Filipe Vaz. Na selecção nacional de juvenis, Pedro Coelho. Isto dá ânimo para continuar a lutar contra adversidades.
O desporto no feminino, principalmente nos escalões seniores, é muito dificil. Não é fácil brilhar nestes campeonatos.
Penso que não. A nossa equipa joga e treina por amor à camisola, rigorosamente. Por mais nada. E defronta-se, muitas vezes, com equipas que já têm atletas profissionais. As nossas atletas trabalham e chegam ao fim do dia, muitas vezes cansadas, mas vão para o treino com alegria e com vontade. As coisas acabam por dar frutos, mas não é fácil.
Para o sucesso da equipa feminina terá contado a empatia que o treinador Diamantino Fernandes tem em relação às atletas. Diamantino Fernandes é o homem certo, no lugar certo?
Ele é o homem certo no lugar certo no que se refere ao escalão feminino, como também o seria se treinasse, exclusivamente, a equipa masculina. Este ano substituiu Luís Lima, acumulou dois escalões e não foi fácil. São dois escalões muito diferentes um do outro. Tinha, num caso, um balneário muito forte e organizado e, noutro caso, um balneário fragilizado. Penso que o Diamantino Fernandes é o homem certo no lugar certo na nossa equipa feminina. Posso adiantar que tudo iremos fazer para que este projecto continue a ser liderado por ele, porque realmente há uma empatia muito grande entre ele e a equipa.
E quem vai treinar os seniores masculinos?
Em relação aos seniores masculinos temos duas hipóteses. A primeira é fazer o que a direcção do HCM fez há dezoito anos e que foi, pura e simplesmente, não inscrever a equipa. Obviamente, que não é essa a nossa intenção. A outra é fazermos o campeonato da Terceira Divisão Nacional. Chamo atenção para o facto de termos cerca de quinze juniores. Vamos querer, para o ano, ter uma boa performance a nível de juniores, porque temos jogadores para isso. Caso a decisão da direcção seja a de ter uma equipa de seniores masculinos na Terceira Divisão, será uma equipa composta pelos atletas que quiserem continuar e por esses atletas mais novos que também vão precisar de traquejo. Em termos de objectivos, dar "quilómetros" aos jogadores mais novos.
Os mealhadenses estarão afastados do HC da Mealhada?
As pessoas estão afastadas do desporto em geral. Se formos a outros eventos desportivos que decorrem na Mealhada vemos sempre as mesmas pessoas. Era muito importante, até para que as coisas perdurem, que as pessoas se ligassem mais a estes projectos. Aquando da constituição da actual equipa da direcção, de que faço parte, procurei que 50 por cento das pessoas nada tivessem a ver com o hóquei. Algumas nem tinham participado em qualquer associação. Estas coisas só perduram no tempo se houver entrada de novas pessoas, novas mentalidades, respeitando a filosofia do clube, ou não. Ao longo destes últimos vinte anos ficou provado que esta é a filosofia correcta: a missão de formar pessoas, homens e mulheres.
O presidente da direcção do HCM sente que o clube tem cumprido essa missão?
Tenho a certeza que tem cumprido essa missão. Este clube resultou da vontade de meia dúzia de pessoas que o fundaram e que não tinham nada a ver umas com as outras. Gostavam de hóquei em patins e acabaram por ficar grandes amigos. É isso que nós tentamos fazer dentro do clube, que as pessoas sejam amigas, dirigentes e atletas. Infelizmente, na mentalidade do século XXI, a amizade passa ao lado de muitas coisas.
sábado, julho 07, 2007
quarta-feira, junho 27, 2007
ter condições para realizar o Carnaval de 2008
A discussão sobre o apoio municipal ao Carnaval de 2007 e a realização de 2008 foram os principais assuntos tratados na reunião da assembleia geral da Associação de Carnaval da Bairrada (ACB), que se realizou na noite de 21 de Junho, no antigo quartel dos Bombeiros da Mealhada. Álvaro Miranda, presidente da direcção da ACB, anunciou que não estaria disponível para organizar o Carnaval de 2008 e continuar o seu mandato mas, depois da informação do vereador municipal Gonçalo Breda Marques de que a Câmara iria abordar o assunto a 5 de Julho, adiou a decisão para nova assembleia-geral a realizar nesse mesmo dia.
Álvaro Miranda relatou a sequência de contactos com a Câmara Municipal no sentido "da autarquia suportar o prejuízo de vinte e cinco mil euros, que o mau tempo causou no desfile de 2007". "No dia 11 de Abril, a ACB enviou uma carta à Câmara Municipal a relatar a situação e a pedir o apoio. No dia 19 de Abril, reuniu com toda a vereação da Câmara, e aí surgiu a ideia de ser celebrado um protocolo com uma grelha de trabalhos e de custos. No dia 30 de Maio pedimos à Câmara que se apressasse numa resposta. Até agora a indiferença te sido total. Basta. Estamos fartos de aturar estas indefinições", afirmou Álvaro Miranda. No final da sua intervenção o presidente da direcção entregou na mesa da assembleia-geral uma carta em que anunciava que a direcção da ACB não estava em condições de realizar o Carnaval 2008 e, assim, continuar o seu mandato.
"Pensámos muito nesta tomada de posição, que é, de certa forma, bombástica mas todos os que aqui estão têm que compreender que este ano pagámos o circo que esteve no Carnaval e isso causou-nos transtorno a nível económico. Contudo, garantimos que vamos fazer o Festival de Samba", afirmou Carlos Pinheiro, elemento da direcção da ACB. "Li há pouco tempo, na imprensa regional, que o presidente da Câmara disse que a festa de excelência da Mealhada é a feira de Artesanato e Gastronomia da Mealhada. Depois de ler isto, penso que está tudo dito", acrescentou.
Marchas de São João
Mais de 500 pessoas, no Luso,
assistiram às marchas
No sábado, dia 23 de Junho, realizaram-se no Luso as marchas de São João, promovidas pela Associação de Jovens Cristãos do Luso. Foram mais de quinhentas as pessoas que se juntaram para verem desfilar três marchas populares, com cerca de cinquenta marchantes.
A primeira marcha, constituída pelas crianças do ATL da Associação de Jovens Cristãos do Luso (AJCL), foi ensaiada pelas funcionárias desta instituição e desfilou ao som de "Quatro Estações", com música de Daniel Vieira e letra de Júlio Penetra. A segunda marcha, subordinada ao tema "25 anos na memória", dançou com música de Hugo Moreira e a letra de Inês Seabra. Esta marcha foi formada pelos jovens dos grupos da AJCL, que ensaiaram as suas próprias coreografias. Manuel Almeida Dias, mais conhecido por "Ferreiro", ensaiou a terceira marcha, composta por adultos, denominada "Amigos da AJCL". "Fonte de água encantada" era o título da música de Daniel Vieira, com a letra de Fernanda Maia (Avó Nanda).
As três marchas foram acompanhadas por um coro permamente e por alguns elementos da Filarmónica Pampilhosense. Os arcos foram construídos por João José Seabra Pereira. As costureiras Graça Midões e Gina Guedes fizeram os fatos.
A festa começou junto ao casino, às 19 horas, com a actuação do Quarteto Juvenil, que apresentou música popular. Depois da marcha, o Duo Jorge & Peninha continuou a festa com um baile popular. No recinto do casino esteve a funcionar um bar permanente, onde não faltou a sardinha e a venda de manjericos.
"Correu bem e o público aderiu bastante. Temos muitas crianças a participar e, portanto, isso fez com que viessem muitos pais", disse Luís Brandão, presidente da direcção da AJCL.
As Quatro Estações
Letra: Júlio Penetra
Música: Daniel Vieira
Quando chega a Primavera
Perfumada e colorida
Toda a natureza acorda
Cheia de cor e de vida.
O chão coberto de flores
Os ramos de folhas verdinhas
Que nos protegem no Verão
Nos protegem no Verão
Com as suas frescas sombrinhas.
A roda do ano
Gira, gira sem parar
Mal termina a Primavera
Chega o Verão e o calor
A festa, a praia e o mar!
A roda do ano
Gira, gira sem parar
No céu brilha o sol, de Outono
Muito tímido a dizer
Que o Inverno está a chegar! (Bis)
Outono que tudo pintas
De castanho e amarelo
Cobres o chão de folhinhas
Num tapete fofo e belo
Adormece a natureza
Cansada de tanto dar
Deixa-se cobrir pelo Inverno
Que nos deixa a tiritar!
Fonte de água
encantada
Letra: Avó Nanda
Música: Daniel Vieira
Luso terra de encanto
Onde tudo é luz e cor
Vem cá ver o São João
Vem cá buscar o teu amor
A noite de São João
Passei-a toda a cantar
Convenci o meu amor
A levar-me para o altar
São João do nosso monte
Dá o nome à nossa fonte
Fonte de água encantada
Menina que dela bebe
Não tem medo e nada teme
Fica logo enamorada (Bis)
Vamos andar e dançar
Com o manjerico na mão
Vamos dá-lo ao nosso amor
Na noite de São João
Se vieres à nossa fonte
Na noite de São João
Leva um pouco de água fresca
P'ra dar vida ao coração
São João do nosso monte...
Da janela o São João
Vê as moças a passar
Diz-lhes p'ra ir à capela
A sua oração rezar
Vamos de arco e balão
E de saia a dar a dar
Convidar o São João
Para connosco dançar
25 Anos na memória
Letra: Inês Seabra
Música: Hugo Moreira
Foi em 82
Nesta terra querida
Traço novos a construir
Num horizonte de Vida
Um sonho de três jovens...
Um projecto nasceu
Uma nova forma de Vida
Um ponto de partida
Em busca d'esse Deus
E os jovens saem à rua
Segue a marcha pois então
Cantando pedem à lua
Bela noite de São João
Se hoje se salta a fogueira
Por 25 anos na memória
Vamos saltar a noite inteira
Festejar desta maneira
Ó Luso, canta esta história! (Bis)
Já em 84 se viu
Tanta mostra de talento
Assim que o pano abriu
O Luso aplaudiu com alento
Festas de Mensagem, Festivais
A música dentro de nós
E nos Acampamentos
Tantos bons momentos
Elevam a nossa voz
Debates, Temas, Formação
Serenatas... Raparigas venham ver!
Do desporto à oração
Caminhadas, reflexão
Tudo nos faz crescer!
A marcha vai terminar
Tanto ficou por dizer
Assim é esta Associação
Partilhar experiências, viver!
Peças que formam um todo
Cada quadrado é um rosto
Tantos por aqui passaram
Cantem, gritem connosco
A! J! C! L!
E os jovens saem à rua
Dança o arco e o balão
Nesta noite só a lua
Ilumina o São João
Se hoje se salta a fogueira
Até a noite terminar
Saltemos a noite inteira
A dançar desta maneira
A festa não vai acabar!
E os jovens saem à rua
Segue a marcha pois então
Cantando pedem à lua
Bela noite de São João
Se hoje se salta a fogueira
Por 25 anos na memória
Vamos saltar a noite inteira
Festejar desta maneira
Ó Luso, canta esta história!
Mónica Sofia Lopes
Ricardo Almeida (fotografias)
(in Jornal da Mealhada, 27 de Junho de 2007)