Universia

domingo, maio 06, 2007


"Não há democracias perfeitas mas tem de haver fé", afirmou José Rosa, presidente em exercício da Assembleia Municipal


Na manhã de 25 de Abril, pelas 10 horas, realizaram-se no Jardim Municipal da Mealhada os tradicionais festejos comemorativos do 33º aniversário da revolução democrática. Com guarda de honra dos Bombeiros Voluntários da Mealhada e da Pampilhosa foi cantado o hino nacional, içada a bandeira nacional e lançados pombos pelo Grupo Columbófilo da Mealhada. Carlos Cabral, presidente da Câmara Municipal da Mealhada, colocou uma coroa de flores no monumento de homenagem aos munícipes mortos em combate.

As cerimónias proseguiram com a reunião da Assembleia Municipal (AM), para evocação e celebração da data. A reunião, como de costume, esteve aberta à participação dos munícipes, sem distinção. Presidiu à cerimónia José Rosa, em substituição de Rui Marqueiro, presidente da mesa da Assembleia Municipal.

António José Breda, representante da CDU na AM e falando em nome da coligação a que pertence, referiu-se aos valores de Abril e exaltou as vitórias cívicas e políticas a que a revolução conduziu.

Seguiu-se, em representação do PSD, a intervenção de Carlos Marques, vereador municipal. "Neste momento, há em Portugal uma verdadeira revolução política. Incomoda-me os jovens não saberem o que representa o 25 de Abril".

Na sua intervenção, Júlio Penetra, representante do PS na AM, declarou: "Abril abriu-nos muitos caminhos".

Carlos Cabral recordou o 25 de Abril e afirmou: "Temos de nos lembrar que o mais importante do 25 de Abril de 1974 é que fomos um povo que foi capaz de fazer uma revolução sem fazer sangue. O 25 de Abril trouxe uma exigência a cada um de nós e incutiu-nos a obrigação de que, se quisermos que o país seja diferente, temos de fazer algo para isso". Disse ainda ter ficado satisfeito com um colóquio realizado no dia anterior na Biblioteca Municipal da Mealhada, e em que tinha participado. Esse colóquio, organizado, segundo disse, por alunos da Escola Secundária da Mealhada, debruçou-se sobre as características do Estado Novo.

José Rosa, ao encerrar a sessão, declarou: "Não há democracias perfeitas, mas tem que haver fé".

As festividades continuaram pela tarde, no Jardim Municipal da Mealhada, com a actuação da Filarmónica Pampilhosense.


Mónica Sofia Lopes

(in Jornal da Mealhada, 2 de Maio de 2007)