ASSOCIAÇÃO DE CARNAVAL DA BAIRRADA
Precisa de apoio da Câmara Municipal
No dia 5 de Abril, houve uma reunião da Asasociação de Carnaval da Bairrada (ACB), na sede da escola de samba Juventude de Paquetá.
Os moderadores desta reunião foram Álvaro Miranda, presidente da direcção ACB, João Peres e Claúdia Alves. No encontro estiveram presentes cerca de trinta pessoas, membros da ACB, tais como, Carlos Pinheiros, Rui Frias, Artur Ermida e Carlos Amorim e alguns membros das escolas de samba.
João Peres começou a sua intervenção dizendo: "Este ano as despesas foram maiores que as receitas".
Álvaro Miranda explicou o porquê desta situação: "No domingo, estávamos a prever uma determinada afluência de pessoas e tivemos uma diferença de cerca de cinco mil euros. Na terça-feira, foi bastante pior e a diferença foi de dezanove mil euros. Isto porque eram 14h30m e estava a chover. O prejuízo nos dias de corso atingiu, portanto, vinte e quatro mil euros. Como tivemos de pagar trinta mil euros ao circo, houve um prejuízo para a ACB de cinquenta e quatro mil euros".
Álvaro Miranda disse, ainda, que, patra tentar resolver a situação, havia já informado a Câmara Municipal da Mealhada da diferença existente entre receitas e despesas. "Pedi para nos ajudarem em vinte e cinco mil euros. Temos que ter em atenção que, apesar de tudo, este foi o melhor espectáculo, dentro do género, até hoje apresentado. Está mais do que visto que o Carnaval tem que ser profissionalizado" - afirmou.
Bruno Peres, da escola de samba GRES Batuque, interveio, dizendo: "Entendo que a Associação do carnaval o que deve fazer é enviar uma carta à Câmara, mas muito bem fundamentada e explicativa".
Álvaro Miranda esclareceu: "A claúsula para a Câmara dar os vinte e cinco mil euros era se chovesse. Na terça, choveu. Portanto, vamos ver o que na Câmara decidem".
João Peres também explicou: "Ao pedirmos para a Câmara assinar a cláusula dos vinte e cinco mil euros, estamos só a pedir para cobrir um desfile porque choveu. Temos também outra questão em cima da mesa: Há Carnaval ou não há Carnaval? A Câmara precisa de apoiar-nos para que exista Carnaval".
Nesta reunião foi votado o texto de uma carta na qual se pedia à Câmara para assinar a cláusula dos vinte e cinco mil euros e se solicitava a respectiva resposta no prazo de trinta dias.
Carlos Pinheiro argumentou: "Nessa carta podemos elucidar a Câmara de que esse dinheiro é necessário para o Carnaval de 2008". Álvaro Miranda acrescentou: "Se apoiarem esta carta e o seu conteúdo, é porque a Câmara quer que haja Carnaval em 2008".
O texto foi aprovado por unanimidade. Segundo informação da ACB, a carta foi enviada à Câmara no dia 9.
No final foi marcada uma assembleia geral da ACB para o dia 18 de Maio, às 21h30m. Nessa data já terá chegado às mãos da direcção da ACB a resposta da Câmara Municipal à carta referida.
Mónica Sofia Lopes
(in Jornal da Mealhada, 18 de Abril de 2007)
A resposta de Carlos Cabral
"Fui informado pela Associação de Carnaval da Bairrada (ACB) de que tinham feito um seguro para o caso de haver mau tempo. Esse seguro é caro. Foi accionado? Se houve mau tempo devia ter sido accionado", declarou Carlos Cabral, presidente da Câmara Municipal da Mealhada, aos microfones da RCPfm.
"Quanto ao facto de quererem mais vinte e cinco mil euros, continuo a dizer que não é crime pedir, que pedir não ofende, pode-se pedir tudo... Mas as pessoas têm de ponderar, têm de ver sobretudo a argumentação que utilizam", concluiu o autarca respondendo, assim, ao pedido da ACB.
(Jornal da Mealhada, 18 de Abril de 2007)
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