ASSEMBLEIA MUNICIPAL DA MEALHADA
Hospital da Misericórdia
continua a preocupar autarcas
Na sexta-feira, 27 de Abril, reuniu, em sessão ordinária, a Assembleia Municipal da Mealhada nos paços do concelho. Previa-se que a discussão do relatório e contas do exercicio de 2006 da Câmara Municipal fosse o tema mais discutido. Mas a recusa da Câmara em apoiar o funcionamento do Hospital da Misericórdia da Mealhada acabou por monopolizar o debate.
"A decisão que a Câmara Municipal tomou de não apoiar o Hospital da Misericórdia da Mealhada não me descansou de forma alguma. Este hospital é uma das obras mais marcantes dos últimos tempos e é de extrema importância para o concelho. Sugiro que a Câmara Municipal seja um parceiro na luta que a Misericórdia terá para manter, na sua posse, a gestão daquele hospital. Sugiro que esta assembleia discuta alternativas. Gostava de conhecer a posição do PS e a do presidente da assembleia municipal", afirmou António Miguel Ferreira, membro da bancada do PSD.
Júlio Penetra, da bancada do PS, declarou: "A Câmara não tem de assumir os erros dos outros. Pode ajudar mas não pode pôr em causa a sua situação financeira".
Carlos cabral, presidente da Câmara, esclareceu a posição do executivo acreca do hospital: "A Câmara não encerrou nada com a Misericórdia e estamos cá para discutir tudo. A Câmara não chumbou o Hospital da Misericórdia, só não aceitou as propostas feitas pela Santa Casa. Os problemas da Misericórdia não têm a ver com problemas políticos".
Carlos Maqrues, vereador do PSD, disse: "Os vereadores do PSD, a meio do ano 2006, visitaram as instalações do hospital da Misericórdia. Na altura, foi-nos dito pelo provedor da Santa Casa que não nos preocupássemos com o dinheiro deste empreendimento porque a situação era estável". Mostrando-se preocupado com a situação frisou: "Na perspectiva do utente a situação é grave porque o doente paga três vezes. Paga os impostos, paga à autarquia e paga quando se dirige ao hospital".
José Felgueiras, presidente da Junta de Freguesia da Mealhada, perguntou se o Mercado Municipal, propriedade da Misericórdia, iria ser vendido, como, segundo disse, se tem ouvido falar. Carlos Cabral respondeu: "A Câmara recebeu, realmente, um ofício da Santa Casa a dizer que vai vender o mercado. Existe já um comprador, da Figueira da Foz, que oferece amis de um milhão de euros".
Como não fazia parte da ordem de trabalhos este assunto não foi objecto de qualquer deliberação da assembleia.
A permuta dos terrenos entre os Estado e a Câmara Municipal para resolução do problema dos Viveiros Florestais foi aprovada por unanimidade. Carlos Cabral mostrou à Assembleia Municipal o estudo prévio para o futuro Parque Urbano da cidade e afirmou: "Este estudo prévio foi feito para se ter uma primeira ideia do que vai ser o aproveitamento daquele espaço. A Câmara tem de fazer uma intervenção rápida para tirar aquela imagem dali. É um investimento que tem memso de ser feito". Arminda Martins, da bancada do PS, considerou que o estudo apresentado pelo presidente não previa o aproveitamento de todas as potencialidades que o espaço oferece. "Daqui para a frente, vamos ter tempo para discutir sugestões que proponham", respondeu Carlos Cabral.
Luís Brandão, da bancada do PSD, pediu esclarecimentos a respeito da criação de uma Pousada de Juventude no Luso: "Em Setembro, sugeri a construção de uma Pousada de Juventude no Luso. Gostava de saber se já existe uma resposta da parte da Câmara", disse. Sobre o assunto, o presidente da Câmara respondeu: "Já foi pedida ao Estado".
No inicio da reunião foi feita a leitura de uma carta da Junta de Freguesia da Pampilhosa em que essa autarquia homenageava o padre Virgílio Gomes, há pouco tempo falecido.
Mónica Sofia Lopes
(in Jornal da Mealhada, 2 de Maio de 2007)
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