REUNIÃO DA CÂMARA MUNICIPAL DA MEALHADA
Polémica com a Junta de Turismo
Na reunião da executivo camarário da Mealhada, em 2 de Fevereiro, esteve presente o administrador-delegado da Junta de Turismo Luso-Buçaco, Raul Aguiar. Dirigindo-se a Gonçalo Breda Marques, vereador do PSD, acusou-o de não ter qualquer conhecimento acerca de turismo.
Raul Aguiar reagia assim aos considerados do vereador do PSD, na última reunião do executivo, em que foi ratificado o orçamento da Junta de Turismo Luso-Buçaco. Na altura, Breda Marques acusou os responsáveis pela Junta de apresentarem um orçamento "vago, pobre, demonstrando falta de ambição e de estratégia turística". Raul Aguiar afirmou que a Junta de Turismo, com poucas verbas, faz muito, como exposições, apoio a congressos e seminários, no Luso, visitas guiadas à Mata do Buçaco, o que aconteceu no ano passado pela primeira vez, e que cerca de doze mil pessoas pediram informações no balcão da Junta, no último ano.
"Neste momento, a Junta de Turismo está nas feiras de turismo por toda a Europa e no Brasil, o que também acontece pela primeira vez", declarou Raul Aguiar, que aconselhou o vereador Gonçalo Breda Marques a deslocar-se ao Luso para ver as modificações realizadas pela Junta de Turismo.
Breda Marques lamentou ser chamado ignorante pelo administrador, apenas por ter uma opinião diferente, e afirmou: "Existem muitas pessoas que desconhecem o trabalho realizado pela Junta de Turismo e a minha crítica é no sentido de melhorar o turismo, e não de ofender". Breda Marques sugeriu que a Junta de Turismo fizesse acordos com os restaurantes da zona, para junto dos seus clientes divulgarem os programas da Junta.
Carlos Marques, também do PSD, concordando com o colega de bancada, afirmou: "Colocámos o orçamento em causa porque queremos mais. O concelho merece mais".
A vice-presidente da Câmara, Filomena Pinheiro, elogiou o trabalho realizado pela Junta de Turismo e asseverou que é digna de ser visitada. Carlos Cabral considerou: "O trabalho da Junta é extremamente positivo. A prova disso é que ainda há pouco tempo o Grande Hotel do Luso era sazonal e hoje abre 365 dias por ano".
O concurso para a exploração do bar, no centro de estágios do Luso, com uma base de licitação de novecentos euros por ano, foi outro dos assuntos em debate na reunião. Breda Marques comentou que achava negativo o facto de o bar permanecer fechado e considerou preferível descer o preço estabelecido no concurso. O presidente, Carlos cabral, discordou da opinião dos vereadores do PSD, referindo que o desgaste do material traz custos e que havendo, três a quatro vezes por semana equipas a jogar, haverá um bom funcionamento do bar.
Por unanimidade ficou acordado haver novo concurso, mas com uma base de 600 euros por ano.
Foi também discutido o voto de protesto apresentado pelos vereadores do PSD, na reunião anterior, contra a postura do presidente da Câmara relativamente à comunicação social. Lembramos que, na reunião de 19 de Janeiro, um jornalista foi alegadamente proibido de tirar fotografias. Os vereadores do PSD foram unânimes em condenar essa proibição.
Carlos cabral argumentou que a postura irriquieta do jornalista perturbou o decorrer da reunião e que ele já tinha tirado inúmeras fotografias.
"Não posso ser crucificado por isso", enfatizou Carlos Cabral.
Mónica Sofia Lopes
(in Jornal da Mealhada, 8 de Fevereiro de 2006)
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