ESCOLÍADAS 2006

Mealhada está em primeiro lugar

Na sexta-feira, dia 24, decorreu a segunda sessão das Escolíadas 2006, na Quinta dos Três Pinheiros, com a participação da Escola Secundária Dr. João Lopes de Morais, de Mortágua, da Escola Profissional de Agricultura e Desenvolvimento Rural de Vagos (EPAV) e da Escola Secundária de Mealhada.
As escolas foram avaliadas em cinco provas, teatro, música, cultura geral, pintura e claque, por um júri de quatro elementos, drª Manuela Monteiro, da Escola Secundária de Anadia, drª Teresa Sá e drª Manuela Nogueira, da Escola Secundária D. Dinis, de Coimbra, e drº José Soares, da Escola Secundária Drª Cândida, de Mira.
A Escola Secundária de Mortágua apresentou o lado negro da vida. Em relação à prova de teatro, que atingiu trinta e quatro pontos, Teresa Sá comentou: "O ambiente nocturno dos dias de hoje foi bem conseguido".
Na prova de pintura o aluno Rodrigo Rosa, utilizando apenas carvão, desenhou a magia da infância, dos sonhos e dos desejos. O aluno afirmou: "Este quadro representa o bem e o mal porque cada um de nós tem algo de anjo e algo de demónio".
Em relação à prova de música a porta-voz do júri lamentou o facto de não ter tido acesso ao suporte escrito, afirmando: "Não entendemos a letra cantada; a presença dos alunos em palco e afirmação das vozes, contudo, foram boas".
A Escola Profissional de Agricultura e Desenvolvimento Rural de Vagos apresentou um momento divertido na prova de teatro, intitulada "Mundo novo". Nesta prova, constituída por sete cenas, os alunos fizeram alusão a três temas importantes, guerra, racismo e toxicodependência.
A pintura, elaborada por dois alunos, Arménio Júnior e Diogo Simões, representou a magia, tendo sido usado o pastel e o óleo.
Na prova de música, os alunos atingiram elevada pontuação. "A letra é mágica e esteve em sintonia com a música. Houve muita magia e alegria", comentou Teresa Sá.
A Escola Secundária da Mealhada, com o tema "Multiculturalismo", atingiu elevadas pontuações em todas as provas.
As alunas Ângela Sousa e Tânia Marques desenharam duas borboletas, símbolo da ligeireza e que permitiam observar várias perspectivas.
No teatro, a escola representou o choque entre culturas, mais especificamente a cultura da selva e a cultura da cidade. A peça, original, foi elaborada por duas alunas, Marta Pires e Matilde Melo, e teve encenação do professor Mário Simões. A porta-voz do júri comentou: "Um texto cantado, com um conteúdo pertinente, teve uma perspectiva pedagógica. Foi uma prova muito agradável".
Na prova de claque, de que resultaram trinta e dois pontos, cada aluno simbolizou uma cultura diferente.
A prova de música, com o aluno João Silva e o professor João, na guitarra eléctrica, os alunos Tiago Lisboa, no baixo, Dinis Rego, no saxofone, Carlos Bruno, na bateria, Filipa Silva, nos ferrinhos, André Lopes, Joana Couceiro, Marta Pires e Sara Felício, nas vozes, e Matilde Melo, na dança, mereceu grande apreciação por parte do júri: "Primou por muito culturalismo. Utilizaram muitos instrumentos, o que é importante. Houve em palco um bom ritmo de todo o grupo".
A Escola Secundária da Mealhada obteve a pontuação mais elevada das duas sessões das Escolíadas 2006, tendo atingido 180 pontos. Em segundo lugar ficou a EPAV, com 175 pontos, e em terceiro lugar a Escola Secundária de Mortágua, com 157 pontos.
A sessão terminou com um comentário da drª Teresa Sá: "Vale sempre a pena estar aqui, independentemente, dos resultados obtidos pelas escolas".

Mónica Sofia Lopes
(in Jornal da Mealhada, 29 de Março de 2006)